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Economia

- Publicada em 02 de Setembro de 2020 às 17:35

Setor de eventos espera desemperrar flexibilização de atividades na próxima semana

Em reunião virtual, representantes de eventos cobraram do governo definição para a reabertura

Em reunião virtual, representantes de eventos cobraram do governo definição para a reabertura


GRUPO LIVE MARKETING RS/REPRODUÇÃO/JC
Fernanda Crancio
No início da noite desta quinta-feira (3) representantes do setor de eventos gaúcho terão reunião derradeira com a equipe técnica do governo do Estado para finalizar os protocolos que nortearão a flexibilização de atividades do segmento, prevista para ser anunciada até o início da próxima semana. Em tratativas com o Executivo desde maio, a indústria de entretenimento, lazer e eventos amarga seis meses sem poder trabalhar e aposta na melhora do cenário da pandemia para voltar a operar, com restrições e ações pontuais, nas regiões com bandeiras amarela e laranja.
No início da noite desta quinta-feira (3) representantes do setor de eventos gaúcho terão reunião derradeira com a equipe técnica do governo do Estado para finalizar os protocolos que nortearão a flexibilização de atividades do segmento, prevista para ser anunciada até o início da próxima semana. Em tratativas com o Executivo desde maio, a indústria de entretenimento, lazer e eventos amarga seis meses sem poder trabalhar e aposta na melhora do cenário da pandemia para voltar a operar, com restrições e ações pontuais, nas regiões com bandeiras amarela e laranja.
Na quarta-feira (2), uma reunião dura e marcada por desabafo do setor deu o tom da frustração dos profissionais, que têm acompanhado a abertura gradual da economia e cobram por não terem sido contemplados, apesar da ampla organização do setor. O encontro, por videoconferência, reuniu representantes da área de eventos, os secretários estaduais de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rodrigo Lorenzoni, e da Saúde, Arita Bergmann, o presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo, e outros parlamentares. Embora a pauta fosse em torno dos protocolos necessários à retomada das atividades, o que se viu foram manifestações de descontentamento e críticas firmes pela falta de uma resposta definitiva por parte do governo.
"Foi uma reunião de dor, de desabafo e até de ânimos exaltados. Estamos trabalhando há meses para construir essa abertura, com diálogo e de forma civilizada, mas chegou um momento em que está difícil de segurar o setor. Queremos resolver sem ter de partir para protestos, sem impacto social, mas reforçamos a necessidade de resolver logo isso", destaca Rodrigo Machado, um dos coordenadores do Grupo Live Marketing RS, que representa 340 empresas do setor.
Da mesma forma, o presidente da Assembleia cobrou sensibilidade do governo para com o setor e pediu avanço na questão dos protocolos já sugeridos, bem como na definição de um calendário de retomada das atividades, esperada ainda para o mês de setembro. “Precisamos entender o desespero desses empreendedores, que têm suas responsabilidades e obrigações a honrar. Que se crie, através desses protocolos, um cronograma de retomada. Vamos ter sensibilidade. A indignação deles é grande e temos de entender, precisamos ter alguma perspectiva”, afirmou.
Representantes do setor se queixaram da falta de isonomia com outras atividades que já foram liberadas com restrições, como por exemplo templos religiosos, shopping centers e eventos esportivos. O próprio governador Eduardo Leite, ao acenar com a possibilidade de flexibilizar o setor, reconheceu que havia condições para a reabertura gradual.
Embora Leite esteja disposto a destravar a questão, os acertos têm emperrado na Secretaria da Saúde e no comitê científico e de dados do governo, que seguem analisando os protocolos. A secretária Arita teria apontado para a necessidade de mais estudos em torno do tema, com o intuito de seguir protegendo vidas, mas com menos impacto econômico possível. O secretário estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão, Claudio Gastal, ressalta que o governo trabalha para solucionar a questão, mas que é fundamental garantir a total segurança desse processo. "Nada está emperrando, temos de ter segurança muito clara na definição dos protocolos, que têm se ser isonômicos e dar segurança ao setor e a todos os gestores públicos do Estado. A decisão não beneficia só esse grupo, por isso tem de ser a que apresente o melhor resultado para todos e promova uma coesão entre todos esses agentes", enfatizou o secretário.
A reunião desta quinta-feira, com grupo reduzido, deverá se alongar para avançar exatamente nesse sentido, como espera o setor. “A coisa não anda, não flui. Nós estamos cansados. Todos os nossos protocolos são elogiados pelo governador, prefeito, secretários, mas a coisa não anda. Não vivemos de elogios”, desabafa Machado.
O empresário também que se queixa da falta de previsibilidade, que prejudica ainda mais o segmento, que impacta mais de 70 setores da economia, movimenta cerca de R$ 209,2 bilhões em faturamento por ano e gera cerca de 500 mil empregos diretos e indiretos. "Diante de tudo isso, esperamos que a reunião desta quinta seja realmente para fechar os protocolos, e que seja a última, para que saiamos dela com uma solução", reforça.
Eventos-teste serão promovidos em Porto Alegre no mês de setembro
Enquanto aguardam o governo bater o martelo sobre a liberação de atividades, o setor de eventos prepara a realização de dois eventos-teste em Porto Alegre. Previsto para ocorrer nos dias 11 e 13 de setembro, no Centro de Eventos da Fiergs e no Auditório Araújo Vianna, respectivamente, os eventos servirão como ensaio para a aplicação dos critérios e protocolos necessários à realização de ações com segurança e proteção de todos os participantes.
Na terça-feira (1), essa organização foi tratada em reunião com os secretários municipais da Saúde, Pablo Stürmer, e de Desenvolvimento Econômico, Leonardo Hoff. Eventos semelhantes já foram promovidos na Serra, nas cidades de Bento Gonçalves e Gramado.
Encabeçados pelo Convention Bureau de Porto Alegre e pelo Grupo Live Marketing RS, os eventos experimentais querem mostrar ao poder público, aos patrocinadores, fornecedores e sociedade em geral que o segmento está prontos para voltar a fazer eventos de forma gradual, responsável e com segurança.
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