Comunicado do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus de Porto Alegre descartou mudanças na abertura do comércio e de serviços de alimentação antes de setembro, que é daqui a cinco dias. Entidades empresariais haviam proposto duas semanas de uma
flexibilização "super controlada", prevendo ampliação de horários e abertura no sábado, em 5 de setembro.
Hoje só pode abrir de segunda a sexta-feira, com horários específicos para lojas e restaurantes de rua e de operações de shopping center. Segundo a nota, após reunião na tarde desta quarta-feira (26), foi decidido que será aguardado o "fechamento dos dados epidemiológicos desta semana para voltar a falar sobre novas flexibilizações do comércio e de serviços a partir do início de setembro".
Os números recentes de contaminação apontam mais de 21 mil casos na Capital. As UTIs tiveram recuo desde a semana passada. Uma queda maior que havia sido identificada desde o dia 20 foi associada ao lançamento de menos casos internados de Covid-19 pelo Hospital Conceição. Nessa terça-feira (25), eram 310 internações da doença, mas nesta quarta, a ocupação chegou a 331, devido á correção na contabilização de casos, conforme esclarecimento da Secretaria Municipal da Saúde.
O prefeito Nelson Marchezan Júnior havia, em reunião nessa terça quando as entidades apresentaram a proposta da flexibilização, prevenido que cautela seria a tônica no exame do plano.
A posição do comitê frustrou o setor de alimentação. O Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região (Sindha) divulgou nota mostrando "total descontentamento".
"Gostaríamos que a abertura acontecesse de imediato. Não estamos confortáveis com essa decisão do Executivo Municipal. É completamente difícil de aceitar mais esses dias sem avanço algum", reagiu o presidente do Sindha, Henry Chmelnitsky.
"Estamos falando de um setor à beira do abismo. Os estabelecimentos da gastronomia não têm mais fôlego", descreveu, que cobrou ainda mais "previsibilidade" sobre as medidas futuras.
O comitê infirmou ainda que vai começar a discutir a reabertura de feiras fixas ao ar livre, velórios e educação. Reunião com os segmentos serão agendas para discutir os protocolos.