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Economia

- Publicada em 20 de Agosto de 2020 às 03:00

Volkswagen negocia demissão de 5.000 funcionários no País

De acordo com sindicalistas,montadora propõe a redução de 35% da mão de obra no Brasil

De acordo com sindicalistas,montadora propõe a redução de 35% da mão de obra no Brasil


/VOLKSWAGEN/DIVULGAÇÃO/JC
A Volkswagen abriu negociações com os sindicatos dos metalúrgicos do ABC e da Grande Curitiba para reduzir seu quadro de funcionários no Brasil. A entidade afirma que a iniciativa da reunião, realizada nesta terça-feira, partiu da empresa.
A Volkswagen abriu negociações com os sindicatos dos metalúrgicos do ABC e da Grande Curitiba para reduzir seu quadro de funcionários no Brasil. A entidade afirma que a iniciativa da reunião, realizada nesta terça-feira, partiu da empresa.
De acordo com os sindicalistas, a montadora propõe a redução de 35% da mão de obra no Brasil, que está distribuída por três fábricas no estado de São Paulo e uma no Paraná. O corte representaria a demissão de aproximadamente 5.000 funcionários em diferentes setores.
A montadora não confirma o número, mas diz que há um excedente de mão de obra devido à crise causada pela pandemia do novo coronavírus. A Volkswagen diz que as negociações foram abertas, mas ainda tenta atenuar o problema por meio de medidas de flexibilização do trabalho.
De acordo com o sindicato, a empresa apresentou propostas que incluem flexibilidade de jornada, corte do reajuste salarial, redução do valor da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e alterações em benefícios como transporte, alimentação e plano médico.
A Volkswagen afirma que decisões sobre cortes dependem da evolução do mercado automotivo no Brasil. Hoje, a montadora trabalha com uma previsão de queda de 40% nas vendas de automóveis e de 45% na produção, dado levantado pela Anfavea (associação das montadoras).
Em nota, a VW diz que está "avaliando em conjunto medidas de flexibilização e revisão dos acordos coletivos vigentes para adequação ao nível atual de produção, com foco na sustentabilidade de suas operações no cenário econômico atual, muito impactado pela pandemia do novo coronavírus."
O setor automotivo tem dado sinais de recuperação mais rápida do que outras áreas no País, com média diária de vendas se aproximando das 8 mil unidades em agosto. Entretanto, os resultados atuais não escondem os problemas acumulados nos últimos cinco anos.
A forte queda nas vendas registrada entre 2014 e 2016 fez a ociosidade na indústria automotiva ultrapassar os 50%. Com a pandemia, a lenta retomada que começou a ser registrada em 2017 foi interrompida.
De acordo com dados contabilizados pela Anfavea, cerca de 3 mil postos de trabalho foram cortados na indústria automotiva ao longo da pandemia. O número seria ainda maior caso a Renault não tivesse revisto as 747 demissões realizadas em julho e, por decisão judicial, reaberto as negociações com o sindicato da Grande Curitiba. A fábrica da empresa fica na cidade de São José dos Pinhais, próxima da planta paranaense da Volkswagen.
A General Motors também abriu negociações com os sindicatos e apresentou a proposta de PDV em São Caetano do Sul (Grande São Paulo) e São José dos Campos (interior de São Paulo). Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, os benefícios oferecidos a quem aderir ao PDV na unidade incluem salários adicionais, extensão do convênio médico e um carro popular Onix Joy.
Desde o início da pandemia de coronavírus no Brasil, em março, a comercialização diária de veículos novos despencou - a recuperação tem sido mais vagarosa que o esperado, já que muitos consumidores perderam o emprego.
De janeiro a julho deste ano, segundo a Anfavea, foram 983 mil unidades vendidas, queda de 36,6% em relação ao ano passado, quando a indústria já havia comercializado mais de 1,5 milhão de unidades no acumulado. Com a retomada da produção em praticamente todas as montadoras, houve um crescimento de 73% frente a junho, totalizando 170,3 mil unidades fabricadas. No geral, o cenário ainda é negativo: queda de 36,2% em relação ao mesmo período de 2019 e declínio de 48,3% no acumulado.
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