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Economia

- Publicada em 18 de Agosto de 2020 às 20:17

Economia de Caxias do Sul tem retração de 12% no semestre

Dados foram apresentados por dirigentes da CIC e CDL

Dados foram apresentados por dirigentes da CIC e CDL


Alessandra Perez/CIC Caxias/Divulgação/JC
Roberto Hunoff
Mesmo com a reação dos meses de maio e junho, o baque na atividade produtiva de abril, decorrente do impacto da pandemia do coronavírus, gerou retração de 12,2% na economia de Caxias do Sul no primeiro semestre do ano. No acumulado de 12 meses, a variação negativa é de 4,7%. No mesmo período de 2019, os dados apontavam para crescimento de 7%. Os resultados foram divulgados na terça (18) pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Caxias do Sul.
Mesmo com a reação dos meses de maio e junho, o baque na atividade produtiva de abril, decorrente do impacto da pandemia do coronavírus, gerou retração de 12,2% na economia de Caxias do Sul no primeiro semestre do ano. No acumulado de 12 meses, a variação negativa é de 4,7%. No mesmo período de 2019, os dados apontavam para crescimento de 7%. Os resultados foram divulgados na terça (18) pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Caxias do Sul.
O diretor de Economia, Finanças e Estatística da CIC, Astor Schmitt, assinalou que os números reproduzem cenário positivo para o momento. “O fundo do poço foi atingido em abril. De lá para cá, os números estão progressivamente confirmando uma retomada lenta e gradual”, comentou. No mês de abril, a economia teve baque de 24,8% sobre março; em maio, recuperação de 16% sobre abril; e, em junho, de 11% em relação a maio. “Isso caracteriza um quadro de “despiora” progressiva. O nível de gravidade que a pandemia nos impôs equivale a dois períodos de enormes dificuldades em anos recentes: 2009 e 2012/2013, mas nada comparável à crise de 2015/2016, quando afundamos de forma bem mais grave e relevante do que atualmente”, acrescentou.
Para o assessor de economia e estatística da CDL, Mosár Leandro Ness, o resultado de junho foi prejudicado em função do fechamento do comércio decorrente da bandeira vermelha imposta à região da Serra pelo modelo de distanciamento controlado do governo. O economista destaca, entretanto, que tanto o Dia dos Namorados como a chegada do período de frio contribuíram para o leve aumento registrado nas vendas. “Vínhamos com uma expectativa de recuperação iniciada em maio, mas que acabou sendo tímida em junho.
Quando comparamos com o mesmo período do ano anterior, ainda podemos observar os efeitos da crise gerada pela pandemia”, resumiu. O sistema CDL/SPC identificou variação positiva de 5,04 % no volume de consultassem junho frente a maio. Na comparação com o mesmo período do ano passado, foi  registrado aumento de 6,05%. “Os dados evidenciam que, aos poucos, o mercado enseja retomada”, projeta Ness.
Schmitt assinalou como fato importante o crescimento de 3,2% nas compras industriais em junho sobre igual mês do ano passado e de 26% em relação a maio. Avalia que o indicador sinaliza confiança do setor na reação do mercado. A utilização da capacidade instalada teve crescimento de um ponto sobre maio, para 74,9, mas segue cinco abaixo de fevereiro, o melhor desempenho dos últimos 12 meses.
Situações preocupantes nos empregos e nas exportações
Ao contrário da atividade econômica, que dá sinais de retomada, a geração de empregos na cidade segue negativa, assim como o desempenho das exportações. Astor Schmitt avaliou que são questões que precisam ser melhor trabalhadas para que a recuperação se consolide de forma efetiva.
O diretor da CIC definiu como cruel o fechamento de 39 mil postos de trabalho na cidade nos últimos sete anos. Em junho, o estoque baixou para 144.032 empregos, enquanto em 2013 chegava perto de 183,2 mil. “É preciso encontrar formas de pagar esta dívida”, assinalou. A vice-presidente da CIC, Maristela Tomasi Chiappin, reforçou a preocupação com a lembrança de que, em breve, serão encerrados os programas do governo federal de proteção aos empregos, criados para o período da pandemia. “Teremos de agir para evitar que a situação se torne ainda pior”, ressaltou.
Schmitt também defendeu medidas para recompor as exportações, as quais vêm sofrendo quedas sucessivas nos últimos anos. “Estamos perdendo competitividade e espaços, que serão ocupados por outros fornecedores”, alertou. No acumulado de 12 meses, as vendas externas somaram US$ 562 milhões, o menor valor nos últimos 13 anos e pouco mais da metade do que foi consolidado em 2008.
Roberto Hunoff/especial/jc
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