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Economia

- Publicada em 14 de Agosto de 2020 às 03:00

Exportação de frango não deve cair, diz ministra

Foco foi supostamente encontrado em embalagem com frango

Foco foi supostamente encontrado em embalagem com frango


/THIAGO COPETTI/ESPECIAL/JC
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, reconheceu nesta quinta-feira (13), que a detecção de uma amostra do novo coronavírus em frango importado do Brasil não é positivo para a imagem do país, mas disse não acreditar que o episódio afete a exportação do produto brasileiro. Segundo ela, ainda é necessário aguardar a posição oficial do governo chinês, que já foi acionado pelo Ministério da Agricultura. O teste foi realizado na cidade de Shenzhen, perto de Hong Kong, em asas de frango congeladas brasileiras.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, reconheceu nesta quinta-feira (13), que a detecção de uma amostra do novo coronavírus em frango importado do Brasil não é positivo para a imagem do país, mas disse não acreditar que o episódio afete a exportação do produto brasileiro. Segundo ela, ainda é necessário aguardar a posição oficial do governo chinês, que já foi acionado pelo Ministério da Agricultura. O teste foi realizado na cidade de Shenzhen, perto de Hong Kong, em asas de frango congeladas brasileiras.
"É claro que não é bom para a imagem de ninguém, agora acho que isso não afeta [a exportação brasileira], porque nós temos confiança nos nossos serviços e nas empresas que estão cumprindo um protocolo rígido, cuidando da segurança dos funcionários", disse à reportagem. Segundo a ministra, a detecção ocorreu em uma única embalagem do produto. As demais testaram negativo, assim como os exames feitos nos funcionários. No questionamento ao governo chinês, foi inquirido o tipo de teste realizado e o protocolo adotado.
O Escritório de Prevenção de Epidemias da cidade de Shenzen, na China, divulgou um comunicado informando que testes realizados em 11 e 12 de agosto confirmaram a presença de coronavírus em amostras de asas de frango congeladas importadas do Brasil. As amostras, segundo o número de registro divulgado (SIF601; lote: 7720051522) são originárias de um frigorífico da empresa Cooperativa Central Aurora Alimentos no munícipio de Xaxim, em Santa Catarina.
Em nota, a Aurora informou que até o meio da tarde desta quinta-feira, não havia qualquer notificação oficial por parte das autoridades chinesas, e que aguardará a devida manifestação por parte da autoridade pública competente para esclarecer fatos e prestar as devidas informações. Informou ainda que todas as medidas estabelecidas pelas autoridades públicas, relativas ao combate a pandemia, estão sendo integralmente seguidas e cumpridas, além da observância de um rigoroso protocolo individual, aprimorado continuamente, de cuidados com seus colaboradores e terceiros, o que tem sido constatado e confirmado pelas diversas fiscalizações dos entes públicos através das respectivas vigilâncias epidemiológicas.
Em nota oficial, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que o setor produtivo está analisando as informações de possível detecção, feita por autoridades municipais de Shenzhen, de traços de vírus em "embalagem" de produto de origem brasileira, e não na superfície da carne de frango, como foi publicado em agências internacionais. Segundo a entidade, ainda não está claro em que momento houve a eventual contaminação da embalagem, e se ocorreu durante o processo de transporte de exportação.
Além disso, A ABPA destaca que "o setor exportador brasileiro reafirma que todas as medidas para proteção dos trabalhadores e a garantia da inocuidade dos produtos foram adotadas e aprimoradas ao longo dos últimos meses, desde o início da pandemia global". A Associação Catarinense de Avicultura (Acav) também divulgou nota afirmando que as autoridades brasileiras estão em contato com as autoridades chinesas na obtenção de informações precisas, reiterando, contudo, que o Brasil é "um país de excelência na produção de proteína animal no mundo, seja pelo aspecto de sanidade, seja pela segurança dos processos produtivos". A Acav afirma que as evidências científicas demonstram que "inexiste a possibilidade de contaminação em produtos de origem alimentícia, em especial nas proteínas animais, necessitando assim um esclarecimento das autoridades competentes quanto às alegações trazidas".
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