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Economia

- Publicada em 10 de Agosto de 2020 às 17:11

Presidente da SBVC vislumbra segundo semestre muito ativo

Terra citou levantamentos recentes que apontam o auxílio como componente para o
complemento de renda para 47% dos lares brasileiros,

Terra citou levantamentos recentes que apontam o auxílio como componente para o complemento de renda para 47% dos lares brasileiros,


Foto Alessandra Perez/CIC/Divulgação/JC
Roberto Hunoff
As projeções de um PIB negativo na ordem de 7% para este ano no Brasil podem ser reduzidas pela metade caso mantenha-se a recuperação econômica iniciada em julho. A sinalização partiu de Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), que participou, nesta segunda (10), da reunião-almoço virtual realizada pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul. Na avaliação do executivo, o cenário atual é positivo com os recentes resultados, que definiu como surpreendentes. “Esta virada ocorreu de uns 30 dias para cá. Até então, a expectativa era muito negativa”, assinalou.
As projeções de um PIB negativo na ordem de 7% para este ano no Brasil podem ser reduzidas pela metade caso mantenha-se a recuperação econômica iniciada em julho. A sinalização partiu de Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), que participou, nesta segunda (10), da reunião-almoço virtual realizada pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul. Na avaliação do executivo, o cenário atual é positivo com os recentes resultados, que definiu como surpreendentes. “Esta virada ocorreu de uns 30 dias para cá. Até então, a expectativa era muito negativa”, assinalou.
Uma das principais razões apontadas por Terra para este movimento é o pagamento do auxílio-emergencial pelo governo, juntamente com a flexibilização das medidas para o funcionamento das atividades produtivas, especialmente o comércio considerado não essencial. Terra citou levantamentos recentes que apontam o auxílio como componente para o complemento de renda para 47% dos lares brasileiros, com média de R$ 881 mensais,considerando o fato de mais pessoas serem beneficiadas em uma mesma família. Acrescentou
que é muito provável a continuidade do auxílio até o final do ano com valores reduzidos à metade. “Mesmo assim, será um fator para a manutenção do consumo, principalmente para o quarto trimestre”, frisou.
O executivo acredita que o auxílio, combinado com o início da vacinação, deve manter o consumo das famílias no início de 2021, o que sustentaria a retomada da economia no curto prazo. Para o médio e longo prazos, Terra acredita que a solução virá da infraestrutura por meio de concessões e obras públicas. Outro desafio a ser superado é a transição do fim do axuílio-emergencial para a vida real, o que exigirá a recuperação do mercado de trabalho. 
O presidente da SBVC salientou que o varejo brasileiro vive atualmente três cenários diferentes, pois o impacto das medidas de controle da pandemia foi diferente para cada setor. Hoje, 37% do varejo estão no chamado comércio essencial, como é o caso de supermercados, farmácias e pet shops, os quais se mantiveram abertos e experimentaram vendas acima do normal a partir de mudanças no comportamento dos consumidores. “A pandemia trouxe anecessidade e gerou uma explosão de compras on-line”.
Na outra ponta, está o varejo não essencial, que precisou fechar as lojas físicas. Setores ligados à moda, como vestuário e calçados, realizaram entre 40% e 50% do volume normal de vendas nos últimos cinco meses. E o terceiro cenário do varejo é o próprio e-commerce, que já representa 6% das vendas do setor, alta superior a um ponto em relação a 2019, e que deve chegar, no final do ano, a 10%. “Este será um grande legado da pandemia, pois 5,8 milhões de brasileiros fizeram sua primeira compra on-line neste período”, destacou.
Terra salientou que no país 80% dos lares têm acesso à internet, estão em uso 220 milhões de smartphones e 150 milhões de brasileiros têm conta de WhatsApp. “Estes dados são muito relevantes, porque mostram a inclusão digital da população e a importância das empresas aderirem à digitalização”, enfatizou.
O executivo ainda comentou que pandemia acelerou os processos de transformação digital nas empresas. "Faremos cinco anos em cinco meses”, afirmou. De acordo com Terra, o varejo tem puxado muitas das transformações vistas no mundo, e agora não tem sido diferente. Com a crise do coronavírus e o consequente fechamento de lojas físicas do comércio considerado não essencial, houve um avanço exponencial do e-commerce. Seu entendimento é que o uso destas ferramentas, assim como trabalho remoto são tendências que ficarão em definitivo. Já o comportamento humano, especialmente a questão social, deve voltar a ser como era antes, assim que a pandemia estiver controlada.
O palestrante enfatizou esta crise ficará marcada na história, primeiro pela grande tragédia que já custou mais de 100 mil vidas, mas também pela janela de oportunidade que se abre para as empresas que entenderem a transformação no comportamento do consumidor. “Quem não perceber a mudança estará ameaçado”, alertou. Também salientou que para o varejo a grande oportunidade será combinar o físico com o virtual para atender aos desejos do consumidor.
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