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Economia

- Publicada em 27 de Julho de 2020 às 09:34

Funcionários da Ceitec tentam evitar liquidação em encontro com governo federal

Recomendação pela extinção foi formalizada pelo conselho do PPI do governo federal

Recomendação pela extinção foi formalizada pelo conselho do PPI do governo federal


MARCO QUINTANA/arquivo/JC
Funcionários da Ceitec, localizada na Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, reúnem-se na próxima quarta-feira (29), às 14h, com o secretário especial de desestatização do governo federal, José Salim Mattar. O grupo defende que a proposta de liquidação da fabricante gaúcha de chips custará mais caro do que mantê-la funcionando a partir de plano de mudanças na gestão.
Funcionários da Ceitec, localizada na Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, reúnem-se na próxima quarta-feira (29), às 14h, com o secretário especial de desestatização do governo federal, José Salim Mattar. O grupo defende que a proposta de liquidação da fabricante gaúcha de chips custará mais caro do que mantê-la funcionando a partir de plano de mudanças na gestão.
A recomendação pela extinção foi formalizada pelo conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), sob a alegação de que, apesar de aportes de R$ 800 milhões em duas décadas, a estatal ainda depende de injeções anuais de pelo menos R$ 50 milhões para cobrir a diferença entre receitas e despesas.
No entanto, números do próprio PPI projetam, de acordo com os trabalhadores, que essa diferença deixa de existir até 2028, mesmo em cenário pessimista. E essa trajetória pode ser acelerada para um balanço no azul na metade do tempo estimado, em um plano elaborado pelos empregados, que envolve cortes de custos e perspectivas comerciais já em curso.
“O faturamento tem aumentado a cada ano. Temos um plano de gestão para em quatro anos chegar no zero a zero. Quer dizer, em quatro anos o governo não vai precisar investir nada”, afirma o engenheiro Júlio Leão, que é o porta-voz da associação dos funcionários (ACCeitec).
Segundo Leão, é menos do que custaria a liquidação da estatal. Isso porque a Ceitec, para fechar, precisaria de R$ 300 milhões para descomissionar os equipamentos. É um parque com muitos químicos e gases tóxicos. É necessário uma licitação internacional para selecionar uma empresa estrangeira, licenciada para isso, vir desconectar”, afirmou Leão.
Ainda segundo os trabalhadores, no entorno da Ceitec foi criado um ecossistema privado, que hoje fatura mais de R$ 3 bilhões por ano. Os empregados alegam, ainda, que empresa já está no mercado de chips de logística e tem patente que lhe garante o fornecimento global de chips RFID para os pneus da Pirelli, assim como um acordo comercial para fornecer sensores de saúde, em nova linha que pode ser expandida para o setor agrícola.
“Inventamos um processo de fabricação inédito de sensores e estamos depositando patentes. Já temos protótipos homologados. Temos clientes comerciais alinhados e podemos começar em 2021, com capacidade reduzida, e em 2022 com plena capacidade. E a partir desse caminho na área médica, abre-se um similar na agricultura”, argumenta Leão.
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