Empresários de restaurantes, bares e profissionais de eventos de Caxias do Sul organizaram manifestação na manhã desta sexta-feira (24), em frente à prefeitura, para sensibilizar os órgãos governamentais para a liberação das atividades, com a abertura gradual e segura. Também solicitaram um protocolo para a retomada dos eventos. Denominado #somosessenciais, o ato foi promovido pelo Gastronômicos da Serra, grupo de restaurantes e bares criado neste ano, na cidade. O movimento teve apoio da Câmara dos Dirigentes Lojistas e Sindilojas de Caxias do Sul e do Sindicato Empresarial da Gastronomia e Hotelaria Região Uva e Vinho.
Agnicayana Posser, uma das organizadoras da manifestação, explica que os participantes estão cientes das limitações da Administração Municipal, mas que precisam de apoio do prefeito Flávio Cassina para que as demandas sejam entregues ao governador Eduardo Leite. “Queremos liberdade para trabalhar, com todos os protocolos de saúde, mesmo que seja com um índice pequeno, de 25% ou 30%. As reservas que tínhamos acabaram, não temos mais como sobreviver”, argumentou.
O prefeito recebeu dois empresários, donos de bares e restaurantes, e os presidentes das entidades de classe apoiadoras. “Esta mobilização é para que o prefeito tenha argumentos e mostre ao governador que a sociedade está pressionando para uma retomada. O prefeito está engajado com a causa, buscando a flexibilização, mas, infelizmente, não tem o poder de decidir legalmente sobre essa questão”, complementa.
A empresária lembra que a maior parte dos empreendimentos gastronômicos não possui estrutura para delivery ou que muitas plataformas de entrega cobram preços abusivos, o que inviabiliza a operação. “O que adianta o governador proibir o atendimento presencial dos consumidores, se eles precisam de um local para almoçar no intervalo do trabalho? Os clientes estão pegando a vianda e comendo em bancos de praças, sentados em calçadas ou dentro do carro, sem nenhuma medida de segurança. Desde a H1N1, por exemplo, todos os restaurantes já seguiam protocolos rigorosos de saúde e higiene, como a disponibilização de álcool gel, sanitização de utensílios e individualização dos talheres. Isso já era procedimento padrão”, exemplifica Agnicayana.