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Economia

- Publicada em 08 de Julho de 2020 às 15:15

Fundador da rede Ricardo Eletro é preso em São Paulo por sonegação fiscal

Ricardo Nunes foi preso em uma operação que investiga sonegação fiscal de ICMS

Ricardo Nunes foi preso em uma operação que investiga sonegação fiscal de ICMS


Reprodução Facebook Ricardo Eletro/JC
O empresário Ricardo Nunes, fundador e ex-controlador da Máquina de Vendas, dona da rede Ricardo Eletro, foi preso na manhã desta quinta-feira (8) em São Paulo em uma operação que investiga sonegação fiscal de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em Minas Gerais.
O empresário Ricardo Nunes, fundador e ex-controlador da Máquina de Vendas, dona da rede Ricardo Eletro, foi preso na manhã desta quinta-feira (8) em São Paulo em uma operação que investiga sonegação fiscal de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em Minas Gerais.
Apelidada de Direto com o Dono, a operação prendeu também Laura Nunes, filha do empresário, em Belo Horizonte. Pedro Magalhães, ex-diretor da Ricardo Eletro, teve mandado de prisão decretado, mas não foi localizado em sua casa, em Santo André, e é considerado foragido, segundo pessoas familiarizadas com o a ação.
A força-tarefa investiga a sonegação de ICMS de R$ 387 milhões ao longo de cinco anos, entre 2014 e 2019, por empresas controladas nesse período por Ricardo Nunes. A operação foi comandada pelo Ministério Público de Minas Gerais, pela Secretaria da Fazenda mineira e pela polícia civil do estado.
A Ricardo Eletro, hoje em recuperação extra judicial, e outras companhias ligadas a Nunes, segundo investigadores, recolhiam o ICMS embutido no preço dos produtos, mas não repassava ao Estado.
A Justiça de Minas Gerais determinou também o sequestro de imóveis de Ricardo Nunes avaliados em aproximadamente R$ 60 milhões, para pagamento da dívida tributária.
Ao todo, a força tarefa cumpriu quatorze mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, Contagem (MG), Nova Lima (MG), São Paulo e Santo André.
Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, a investigação ganhou força após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), de novembro de 2019, "que definiu como crime a apropriação de ICMS cobrado de consumidores em geral e não repassados ao Estado".
Procurada, a Ricardo Eletro, hoje controlada pelo fundo Starboard, afirma que Nunes e seus familiares deixou de ser acionista da Máquina de Vendas no ano passado.
"A Ricardo Eletro pertence a um fundo de investimento em participação, que vem trabalhando para superar as crises financeiras que assolam a companhia desde 2017, sendo inclusive objeto de recuperação extrajudicial devidamente homologada perante a Justiça, em 2019", diz a empresa em nota.
Segundo a Ricardo Eletro, a operação desta quinta "faz parte de processos anteriores a gestão atual da companhia e dizem respeito a supostos atos praticados por Ricardo Nunes e familiares" que não teriam ligação com a companhia.
"Em relação à dívida com o Estado de MG, a Ricardo Eletro reconhece parcialmente as dívidas e, antes da pandemia, estava em discussão avançada com o Estado para pagamento dos tributos passados", afima a empresa.
A reportagem não conseguiu localizar as defesas do empresário Ricardo Nunes, de sua filha Laura Nunes e do executivo Pedro Magalhães.
Folhapress
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