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Economia

- Publicada em 08 de Julho de 2020 às 12:02

RR Shoes, detentora da marca Via Uno, entra em recuperação judicial

RR Shoes tem um passivo de R$ 40,4 milhões agravado pela pandemia do novo coronavírus

RR Shoes tem um passivo de R$ 40,4 milhões agravado pela pandemia do novo coronavírus


RR Shoes / Divulgação / JC
Roberta Mello
A RR Shoes entrou com pedido de recuperação judicial, na noite de segunda-feira (6), no Foro da Comarca de Santo Antônio da Patrulha, no interior do Estado. Segundo a proprietária da marca Via Uno, a iniciativa foi motivada pelos impactos decorrentes da crise gerada pela pandemia, totalizando um passivo de R$ 40,4 milhões para a empresa.
A RR Shoes entrou com pedido de recuperação judicial, na noite de segunda-feira (6), no Foro da Comarca de Santo Antônio da Patrulha, no interior do Estado. Segundo a proprietária da marca Via Uno, a iniciativa foi motivada pelos impactos decorrentes da crise gerada pela pandemia, totalizando um passivo de R$ 40,4 milhões para a empresa.
De acordo com o CEO Ramon Rabelo, a RR Shoes segue confiante na recuperação. “Vínhamos com um ótimo desempenho até surgir a pandemia, que afetou em cheio o nosso segmento. Mas seguiremos a operação com normalidade e com a convicção de que vamos superar esse obstáculo”, avalia Rabelo.
Desde março, a RR Shoes já havia suspendido as atividades na unidade produtiva de Teutônia e reajustado o quadro de colaboradores nas unidades de Santo Antônio da Patrulha e Caraá. Em torno de 800 funcionários já foram demitidos este ano - 535 deles em maio. Agora, a companhia mantém uma equipe de 379 colaboradores, que se dividem entre duas unidades produtivas.
Para a Cheetah Consultoria, que auxilia a empresa no processo de recuperação, os números mostram que a retomada é factível. “Estamos propondo essa medida legal para possibilitar a recuperação operacional e financeira da companhia, especialmente no momento em que a indústria calçadista é um dos setores mais afetados pela pandemia”, aponta o sócio Luciano Hillesheim.
Pesquisa desenvolvida pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) revela o tamanho do prejuízo imposto ao setor calçadista. Em maio, o País embarcou 2,7 milhões de pares, gerando R$ 23,9 milhões – o que representa uma diminuição de 64,7% em volume e 66% em receita.
A entidade projeta queda de 30% na produção nacional em 2020. De acordo com a Abicalçados, o Rio Grande do Sul já perdeu 8,93 mil empregos no setor calçadista.
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