A expectativa de alto crescimento para 2020 marcou a celebração do aniversário de 75 anos da SLC. No primeiro trimestre deste ano, a empresa registrou um crescimento de 40,4% em comparação ao último trimestre de 2019. O resultado foi quase 50% acima do projetado pela SLC Agrícola, e a expectativa é que este ano tenha resultados bastante superiores em comparação ao ano passado. Para isso, a empresa prevê até 2024 um investimento de R$ 70 milhões em expansão de área, melhora nos processos e nos recursos tecnológicos.
Em videoconferência, Eduardo Logemann, presidente do grupo SLC, afirmou que é um momento importante para fortalecer a imagem da agricultura sustentável brasileira no exterior. Atualmente, a SLC tem oito fazendas certificadas com o selo ISSO 14001 de boa gestão ambiental, e quer garantir a certificação de todas as fazendas nos próximos cinco anos.
De acordo com Aurélio Pavinatto, CEO da SLC Agrícola, o grupo também estimula os colaboradores a estudar e ter no mínimo a formação no ensino médio, e muitos já começaram cursos de ensino superior. A empresa também investe em escolas, e até criou uma unidade equipada com tablets para levar educação digital aos funcionários. "Isso prepara nossos colaboradores para o futuro", disse Pavinatto. "Através da educação, a gente acredita que vai conseguir mudar a situação social de quem trabalha conosco".
A preocupação com a pandemia de Covid-19 também foi discutida na videoconferência. Embora o agronegócio tenha sido um dos poucos setores a apresentar crescimento durante o período da pandemia, há um receio em relação à realização da Expointer, que foi protelada pelo Governo do Estado para o fim de setembro.
De acordo com Cláudio Schüür, CEO da SLC Máquinas (concessionária da John Deere), é uma temeridade realizar uma feira presencial nesse momento, tanto nos problemas para levar pessoal para a feira quanto o risco de expor os clientes. "A SLC não estaria nem um pouco disposta a participar neste momento de uma feira física, e acredita muito no digital", diz Schüür, argumentando que 60 dias é pouco tempo para preparar a feira, e as empresas que fazem estandes já estão desmobilizadas, e que o caminho pode ser uma feira virtual.
Para Schüür, os lados institucional e político da feira são importantes, mas ele acredita que "especificamente para mostrar tecnologia para o produtor e fazer negócios é muito mais barato, seguro e produtivo a via digital".