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Economia

- Publicada em 24 de Junho de 2020 às 13:02

Exportações de calçados cresceram 7,5% em reais em 2019

A produção gaúcha puxou o bom desempenho das exportações brasileiras em 2019

A produção gaúcha puxou o bom desempenho das exportações brasileiras em 2019


FREDY VIEIRA/JC
Roberta Mello
Mesmo tendo registrado queda de 0,4% em dólares ao longo do ano passado (US$ 972 milhões), as exportações brasileiras de calçados tiveram um incremento de 7,5% em reais (R$ 3,8 bilhões), no comparativo com 2018. Essa diferença se deve à valorização da moeda norte-americana sobre a moeda brasileira, o que manteve a rentabilidade dos exportadores. Estes e outros dados estão detalhados no Panorama das Exportações de Calçados, elaborado pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e divulgado nesta quarta-feira (24).
Mesmo tendo registrado queda de 0,4% em dólares ao longo do ano passado (US$ 972 milhões), as exportações brasileiras de calçados tiveram um incremento de 7,5% em reais (R$ 3,8 bilhões), no comparativo com 2018. Essa diferença se deve à valorização da moeda norte-americana sobre a moeda brasileira, o que manteve a rentabilidade dos exportadores. Estes e outros dados estão detalhados no Panorama das Exportações de Calçados, elaborado pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e divulgado nesta quarta-feira (24).
O Rio Grande do Sul foi o estado com melhor desempenho no País. Ao todo, foram movimentados US$ 448,4 milhões - aumento de 4,7% em 2019 na relação com 2018. As regiões Sul e Norte foram as únicas que apresentaram crescimento nas exportações em valor e em volume.
O volume exportado também apresentou crescimento, ainda que bastante tímido. Ao todo, foram exportados mais de 115 milhões de pares- expansão de 1,5% em volume.
No ano passado, as exportações de calçados foram influenciadas, sobretudo, por dois fatores: a guerra comercial entre Estados Unidos e China e a crise política e econômica na América do Sul - destino de mais de 45% das exportações do setor calçadista.
Paradoxalmente, a guerra comercial entre as duas maiores potências mundiais teve influências positivas para o segmento no Brasil, já que houve incremento dos embarques para os Estados Unidos. O reflexo negativo foi que os chineses acabaram encaminhando seus produtos em outros mercados e os produtores brasileiros tiveram "que competir com calçados chineses em outros mercados importantes, especialmente na América do Sul”, explica a coordenadora de Inteligência de Mercado da Abicalçados, Priscila Linck.
Em 2019, o principal destino das exportações brasileiras de calçados foi os Estados Unidos, para onde foram enviados 12 milhões de pares, que geraram US$ 199 milhões, incrementos de 19,3% em dólares e de 11% em volume ante 2018. O segundo destino do calçado brasileiro foi a Argentina, para onde foram embarcados 10,1 milhões de pares por US$ 104,9 milhões, quedas de 24,9% em valores e de 14,4% em volume na relação com 2018. O Rio Grande do Sul é o principal exportador de calçados tanto para o mercado norte-americano quanto argentino.
Para 2020, em função do alastramento da pandemia do novo coronavírus, a projeção da Abicalçados é que uma queda entre 22,4% e 30,6% nos embarques para o exterior. Caso esse resultado se confirme, o setor retornará aos patamares da década de 1980. “Existe uma retração muito grande no consumo mundial, de mais de 20%, o que deve impactar severamente nas exportações de calçados. Além dessa queda, somam-se problemas logísticos e também a concorrência com os calçados asiáticos no exterior”, avalia a coordenadora de Inteligência de Mercado da Abicalçados.
Além de dados das exportações de calçados no ano de 2019, a publicação disponível através do site da Abicalçados detalha embarques por origem, destino, tipo de produto, por materiais predominantes, entre outros. Priscila Linck explica que o objetivo é "auxiliar empresas na tomada de decisões e estratégias para o curto e médio prazos e servir como um meio de consulta para profissionais e estudantes da área".
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