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Economia

- Publicada em 22 de Junho de 2020 às 03:00

Seis em cada 10 pessoas foram afetadas financeiramente na Capital

Para 46,5% das famílias, houve impacto direto no emprego e na renda

Para 46,5% das famílias, houve impacto direto no emprego e na renda


/Freepik/JC
A crise econômica causada pela pandemia de coronavírus e pelas medidas de isolamento social trouxe consequências para o mercado de trabalho e o orçamento das famílias. Em Porto Alegre, seis em cada 10 pessoas tiveram a vida financeira afetada pelos impactos gerados pela Covid-19. Para 39,75%, a situação foi ainda mais alarmante: consideram que os seus recursos foram muito afetados, após a chegada da doença no Estado.

A crise econômica causada pela pandemia de coronavírus e pelas medidas de isolamento social trouxe consequências para o mercado de trabalho e o orçamento das famílias. Em Porto Alegre, seis em cada 10 pessoas tiveram a vida financeira afetada pelos impactos gerados pela Covid-19. Para 39,75%, a situação foi ainda mais alarmante: consideram que os seus recursos foram muito afetados, após a chegada da doença no Estado.

Para 46,5% das famílias porto-alegrenses houve impacto direto com perda de emprego ou diminuição da renda. Mais de um terço desse grupo mora com alguém que teve o salário reduzido e 15% com uma pessoa que ficou desempregada.

Esses dados foram apontados pela pesquisa "Impactos financeiros x Coronavírus", realizada pelo Instituto de Estudos de Cartórios de Protesto (Iepro-RS), que entrevistou 400 pessoas na capital gaúcha. "Os resultados desse estudo mostram como a pandemia afetou negativamente e de forma impactante os trabalhadores porto-alegrenses e suas famílias", disse o presidente do Iepro-RS, Romário Mezzari.

A flexibilização de regras trabalhistas como alternativa para manter o emprego de milhões de brasileiros trouxe impactos na remuneração. Para 48,37% dos porto-alegrenses com carteira assinada houve diminuição no salário. A maioria desses (quase 45%) com redução de salário entre 11% e 30%. Em 32,61% dos casos a mudança ocorreu porque houve redução da jornada e, para quase 15%, por conta da suspensão do contrato de trabalho.

A pesquisa mostra, ainda, que 20% dos entrevistados perderam o emprego em função da crise ocasionada pela pandemia. "Diversos setores da economia sofreram uma brusca redução no faturamento e, em outros casos, com a impossibilidade de abrir o negócio, a receita foi praticamente zerada. O desemprego é uma consequência da redução da oferta e também da queda da demanda, pois os consumidores ainda não se sentem confiantes para gastar como antes", analisa Mezzari.

No caso dos empreendedores, autônomos e informais, a pandemia trouxe uma dificuldade financeira ainda mais crítica: 9 em cada 10 tiveram diminuição na renda. Para 45% dos entrevistados, houve mais de 50% na redução da renda, em comparação com o que faturavam antes do coronavírus.

A queda repentina na remuneração trouxe dificuldades para muitas pessoas manterem o pagamento de dívidas em dia. Quase metade (48%) dos porto-alegrenses deixou de pagar alguma conta por causa dos impactos gerados pela pandemia da Covid-19.

O cartão de crédito lidera a lista de inadimplência: quase 25% dos entrevistados não conseguiram pagar a fatura no vencimento. As contas de água e luz e crediário e carnê de lojas aparecem na sequência como as principais dívidas não pagas. "O cartão de crédito apresenta juros elevados, então chama a atenção o fato de ser a principal conta em atraso. O ideal é priorizar sempre pagar as dívidas que geram o maior juro", explica Mezzari.

Apesar da crise financeira, os consumidores estão dispostos a negociar. 97,5% dos entrevistados pagariam as contas em atraso se recebessem um desconto dos credores e 72,5% se fossem intimados pelos Cartórios de Protesto. "Essa pesquisa demonstra que há espaço para que os empresários busquem alternativas que sejam satisfatórias para ambos os lados. Os Cartórios de Protesto são mediadores efetivos na recuperação de títulos de crédito e documentos de dívida, uma vez que 3 em cada 4 dívidas são solucionadas em até 3 dias úteis no Rio Grande do Sul, através dos cartórios", afirma o presidente do Iepro-RS.

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