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Economia

- Publicada em 19 de Junho de 2020 às 21:36

Itaú, Bradesco e Santander se queixam ao BC sobre pagamento pelo WhastApp

Facebook, dono do WhatsApp, anunciou esta semana transações financeiras pelo aplicativo

Facebook, dono do WhatsApp, anunciou esta semana transações financeiras pelo aplicativo


PATRÍCIA COMUNELLO /ESPECIAL/JC
Bradesco, Itaú e Santander chegaram a participar dos testes para oferecer pagamentos pelo WhatsApp. No entanto, os três bancos desistiram do sistema às vésperas do lançamento e foram ao BC (Banco Central) se queixar da nova ferramenta. O Facebook anunciou na segunda-feira (15) que passaria a permitir transações financeiras pelo aplicativo de mensagens e que a estreia global do serviço seria no Brasil.
Bradesco, Itaú e Santander chegaram a participar dos testes para oferecer pagamentos pelo WhatsApp. No entanto, os três bancos desistiram do sistema às vésperas do lançamento e foram ao BC (Banco Central) se queixar da nova ferramenta. O Facebook anunciou na segunda-feira (15) que passaria a permitir transações financeiras pelo aplicativo de mensagens e que a estreia global do serviço seria no Brasil.
Segundo uma fonte com conhecimento no assunto, o motivo para a desistência dos bancos teria sido a dificuldade em conciliar o desenvolvimento da tecnologia e as respostas necessárias para o atual momento de pandemia do coronavírus. Procurados, Bradesco, Itaú e Santander não quiseram comentar.
O barulho causado pelas instituições junto ao Banco Central, no entanto, não teria surtido efeito nem provocado repreensões por parte da autoridade monetária para o aplicativo de mensagens. Reuniões entre as lideranças do BC e do WhatsApp também seriam agendadas para a próxima semana. O objetivo é discutir a integração do mensageiro do Facebook com o PIX, modelo de pagamentos instantâneos que deve ser lançado pelo Banco Central em novembro deste ano.
Em nota, o Banco Central afirmou que acompanha o anúncio do WhatsApp e que considera prematura qualquer iniciativa que possa gerar fragmentação de mercado e concentração de agentes específicos.
"O BC vai ser vigilante a qualquer desenvolvimento fechado ou que tenha componentes que inibam a interoperabilidade e limite seu objetivo de ter um sistema rápido, seguro, transparente, aberto e barato", afirmou o Banco Central em nota.
No começo da semana, Bradesco e Itaú disseram que não comentariam uma eventual parceria com o WhatsApp. Já o Santander afirmou que avalia aderir ao sistema. Em nota, o Whatsapp afirmou que se mantém aberto ao diálogo com diversas instituições.
"Nosso objetivo é firmar parcerias com uma ampla variedade de instituições financeiras para ajudar os brasileiros a transferir dinheiro facilmente e também para fazer pagamentos para pequenas empresas, a fim de ajudá-las a se adaptar à economia digital e impulsionar o crescimento e a recuperação financeira", afirmou.
O sistema do WhatsApp permite transferências gratuitas entre pessoas - nos grandes bancos, cada transferência do tipo TED feita por canais digitais custa quase R$ 20 - e o pagamento de compras a comerciantes no crédito e no débito.
Segundo apurou a reportagem, as funcionalidades de pagamentos por QR-Code e parcelamento de compras também poderão ser incorporadas ao Whatsapp.
Segundo a fonte com conhecimento no assunto, outros bancos - dentre eles a Caixa Econômica Federal e o Bank of America, além de instituições menores - também já estariam em contato com o WhatsApp para integração ao novo sistema. A entrada de outras credenciadoras (maquininhas de cartão) também é estudada, mas para um próximo momento.
Por enquanto, todas as operações serão processadas exclusivamente pela Cielo, empresa de maquininhas de cartão que tem Bradesco e Banco do Brasil como principais acionistas. Banco do Brasil, Nubank e Sicredi, assim como as bandeiras Visa e Mastercard também estão no conjunto de parceiros iniciais do aplicativo de mensagens nesse novo modelo.
Segundo cálculo da reportagem, o potencial é de 51 milhões de clientes aptos a fazer transações financeiras pelo app com esse primeiro grupo de instituições parceiras.
Questionada sobre uma possível parceria, a Stone afirmou que não comentaria o assunto. Já Ricardo Dutra, presidente do PagSeguro PagBank afirmou que a companhia já tem o produto link de pagamento, que permite que as pessoas façam pagamentos por todas as redes sociais, incluindo o WhatsApp.
"Com o link de pagamento, nossos clientes podem vender por meio de redes sociais pagando apenas 2,49%. Além disso, o link de pagamento do PagSeguro não tem limite de vendas nem de transações, aceita todos os cartões e também vendas parceladas", afirmou.
Pelo WhatsApp, comerciantes pagarão 3,99% por venda. O Whatsapp afirmou que não terá lucro com a taxa cobrada sobre as transações.
"Essa taxa é utilizada para cobrir os custos de processamento da Cielo, a proteção contra fraudes e o suporte aos comerciantes", afirmou a companhia. Ainda segundo a fonte, a expansão dos pagamentos digitais via WhatsApp para outros países também está entre os planos futuros. México, Índia, Indonésia e Espanha estariam entre as prioridades.
Folhapress
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