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Economia

- Publicada em 17 de Junho de 2020 às 09:56

Setor de Serviços despenca 11,7% em abril e sofre pior queda em 9 anos

Foi o pior tombo desde o início da série em 2011; transportes foi destaque negativo

Foi o pior tombo desde o início da série em 2011; transportes foi destaque negativo


MARCO QUINTANA/JC
A pandemia da Covid-19 no Brasil devastou o volume de serviços em abril. O setor apresentou queda recorde de 11,7% na comparação com o mês anterior, a pior desde o início da série histórica, em 2011, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (17). No Rio Grande do Sul, o tombo do setor foi ainda maior no mês, de 15,2%.
A pandemia da Covid-19 no Brasil devastou o volume de serviços em abril. O setor apresentou queda recorde de 11,7% na comparação com o mês anterior, a pior desde o início da série histórica, em 2011, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (17). No Rio Grande do Sul, o tombo do setor foi ainda maior no mês, de 15,2%.
Na comparação com abril de 2019, sem a pandemia, a queda nacional dos serviços ficou em 17,2%. Novamente, o Rio Grande mostrou recuo maior, de 27,5% ante o mesmo mês do ano passado.
O resultado reflete os efeitos das medidas restritivas de distanciamento social impostas em cidades e estados do país, com a suspensão de atividades não essenciais adotada para tentar conter a disseminação do novo coronavírus. Parte dos funcionários ainda foi colocada em home office, o que também contribuiu para diminuir a demanda por serviços.
Os serviços têm forte peso sobre o Produto Interno Bruto (PIB), com participação acima de 60%. O recorde negativo no setor é outro indicador do desastre econômico que atingiu o Brasil em meio à pandemia.
Os efeitos do distanciamento social ainda derrubaram a indústria, que teve queda de 18,8%, e o comércio, com recuo de 16,8%, ambos os piores registros na série histórica pesquisada pelo IBGE. Esse desempenho refletiu no mercado de trabalho e contribuiu para que um recorde 4,9 milhões de postos de emprego fossem perdidos no trimestre encerrado em abril.
Para analisar os reflexos da doença no país, o IBGE anunciou a criação de uma Pnad Covid. A primeira divulgação saiu nesta terça (16) e apontou que quase 18 milhões de brasileiros não procuraram emprego por causa do avanço da doença. Outros 8,8 milhões trabalharam de forma remota, enquanto 14,6 milhões foram afastados do trabalho pelo distanciamento social.
A pandemia foi decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no dia 11 de março. A primeira morte no Brasil ocorreu seis dias depois. A partir daí, estados e municípios estipularam restrições à circulação de pessoas, com o fechamento de bares, restaurantes e comércio como forma de conter o avanço da doença.
Os impactos econômicos passaram a ser sentidos com mais intensidade em abril, já que o distanciamento social durou do começo ao fim do mês. A expectativa para o PIB deste ano na pesquisa Focus realizada pelo Banco Central já é de queda de 6,51%, em meio às consequências da escalada do novo coronavírus no Brasil.
De acordo com o Banco Mundial, a projeção é que a economia brasileira possa encolher 8% em 2020, um dos piores resultados globais, ligado principalmente às medidas de contenção da propagação do vírus. Em janeiro, a projeção era de crescimento de 2% para o Brasil.
Com informações da Folhapress
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