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Economia

- Publicada em 11 de Junho de 2020 às 21:21

Companhia Athletica inicia por Porto Alegre reabertura de suas unidades

Richard Bilton, CEO do grupo, diz que a Capital gaúcha tem regras rígidas para operação de academias

Richard Bilton, CEO do grupo, diz que a Capital gaúcha tem regras rígidas para operação de academias


CLAUDIO GATTI/DIVULGAÇÃO/JC
Carlos Villela
A unidade da Companhia Athletica em Porto Alegre, que volta a funcionar nesta sexta-feira, é a primeira das 17 academias da rede a reabrir no País. Mesmo com a autorização no começo de maio para a reabertura de academias na Capital, a Cia. Athletica estava fazendo as adaptações necessárias, como a disponibilização de produtos de higienização como álcool em gel e lenços umedecidos, além do uso de máscaras, aferição de temperatura a distância e uma cartilha de recomendações para alunos. Para o CEO da Companhia Athletica, Richard Bilton, depois de quase três meses fechada, a reabertura da unidade pode ser chamada de "reinauguração".
A unidade da Companhia Athletica em Porto Alegre, que volta a funcionar nesta sexta-feira, é a primeira das 17 academias da rede a reabrir no País. Mesmo com a autorização no começo de maio para a reabertura de academias na Capital, a Cia. Athletica estava fazendo as adaptações necessárias, como a disponibilização de produtos de higienização como álcool em gel e lenços umedecidos, além do uso de máscaras, aferição de temperatura a distância e uma cartilha de recomendações para alunos. Para o CEO da Companhia Athletica, Richard Bilton, depois de quase três meses fechada, a reabertura da unidade pode ser chamada de "reinauguração".
Entre as alterações feitas estão a delimitação de espaços com fitas para garantir que cada aluno fique a uma distância de 1,5 metro um do outro, além da limitação de ocupação simultânea de alunos nas unidades. Na entrada da academia haverá um gráfico informando a média de utilização da academia durante todo o horário de funcionamento, ver número de alunos e os horários de maior e menor fluxo. A frequência de pessoas será limitada a 16 metros quadrados por aluno, incluindo áreas de treino, piscina e vestiário.
Os procedimentos de prevenção são feitos a partir de recomendações da Associação Brasileira de Academias (Acad), que se baseia nas orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde. Em entrevista, Bilton comemora o retorno da unidade na Capital - cidade que ele diz manter regras rígidas sobre o funcionamento de academias - e afirma que o foco da rede é reforçar a segurança dos clientes e dos funcionários durante o período.
Jornal do Comércio - A unidade da Companhia Athletica em Porto Alegre é a primeira da rede a reabrir no País. Por que aqui?
Ricard Bilton - Temos unidades nas principais capitais, de Porto Alegre a Manaus. Dessas capitais, Porto Alegre e Curitiba foram as duas únicas que permitiram condições para fazermos nossa reinauguração. Entre 15 e 22 de março, tivemos as 17 unidades fechadas em uma semana, e, agora, Porto Alegre é a primeira a reabrir, nesta sexta-feira, Dia dos Namorados, uma data que achamos que tem tudo a ver, e, na segunda-feira, inaugura em Curitiba. E por que abrir nesta sexta-feira e não duas semanas atrás, quando houve a liberação? Porque, enquanto estávamos fechados, estávamos bolando um plano de reabertura com uma série de diferenciações. Acreditamos que quem vai conseguir resistir neste período é quem passar a maior sensação de realidade, preocupação com segurança e saúde dos alunos, das famílias e dos colaboradores.
JC - Pode ser um desafio para a empresa fazer com que as pessoas retornem para as academias?
Bilton - Nosso perfil de operação é com metragem grande, são academias grandes com um número razoavelmente pequeno de alunos. Quando se compara isso, nosso perfil de academia é o mais indicado para este momento que estamos vivendo, com um espaçamento maior entre as pessoas. Temos, na unidade de Porto Alegre, em torno de 3 mil metros, e, se você pegar a própria regra de Porto Alegre, que é extremamente rígida, de 16 metros quadrados por pessoa, vai ver que as academias menores têm uma dificuldade até de conseguir operar com certo número de alunos por metragem pequena. Por exemplo, temos 14 totens de álcool gel por aproximação que mandamos fazer sob encomenda, não tem que apertar nada, é só colocar a mão. Na entrada, faremos reconhecimento facial, não vai ser com a digital, e não tem nenhuma porta para abrir na academia inteira.
JC - Então a mudança interna foi relativamente pequena?
Bilton - Exatamente. Nosso perfil de operação é com menos pessoas, normalmente.
JC - A Cia. Athletica estava promovendo transmissões ao vivo de exercícios no Instagram para os seguidores. O que motivou a tomar essa iniciativa?
Bilton - A missão da nossa empresa é ajudar as pessoas a estarem bem fisicamente e a fazerem novos amigos. Essa última ficou comprometida com o afastamento obrigatório, mas, no caso da primeira, mesmo que não cobrando nada e com as mensalidades sendo todas creditadas a partir da abertura - ou seja, ninguém vai perder um dia -, continuamos fazendo aulas on-line para todo aquele público que estava recolhido em casa. Uma das coisas que mais têm que se levar em consideração por causa da Covid-19 é a imunidade. Está provado que as pessoas que têm uma vida mais sedentária e que não praticam atividade física registram uma queda muito grande na resistência. A resistência das pessoas, quando elas ficam fechadas em casa 30, 40 dias, chega a cair mais de 20%. É nossa missão fazer com que mantenham uma rotina ativa.
JC - Vocês pretendem manter as transmissões ao vivo agora com a reabertura?
Bilton - Sim, fomos bem-sucedidos nisso. Se tenho 20% dos alunos que querem esperar mais um, dois ou três meses com o plano bloqueado porque não querem retornar agora, estes podem continuar fazendo as aulas on-line. Vamos continuar oferecendo isso até ter a totalidade dos alunos de volta.
JC - A Companhia Athletica é uma empresa paulista e está presente em algumas cidades do estado de São Paulo, com cinco unidades na capital, região que enfrenta o maior problema com a Covid-19 no País, numericamente falando. Como o senhor enxerga a situação para reabertura do mercado paulista?
Bilton - Já estamos praticamente conformados com a realidade. Tem gente que entra na Justiça para contestar, abrir antes, mas o grupo Cia. Athletica acredita que, para abrir, e concordamos com a comunidade científica, tem que ter uma boa relação de leitos disponíveis de UTI. Não se pode operar com 90% dos leitos tomados, essa sensação de insegurança é muito grande e seria muito ruim voltar assim. Em São Paulo, a previsão para abrir está só para o dia 20 de julho, ainda tem muito tempo. Acredito que vai começar a melhorar, está começando a se formar aquilo que chamam de platô, nível alto, mas estável. Se começar a ter uma queda, com aumento no número de leitos disponíveis, você vai ter uma sensação de conforto e segurança maior do que tinha até agora.
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