As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta segunda-feira (8), após uma inesperada recuperação do mercado de trabalho dos EUA alimentar esperanças de que a economia global supere a crise do coronavírus de forma mais rápida do que se previa. Há evidências também de que a Covid-19 vem tendo impacto menor do que o imaginado em grandes economias da Ásia, como China e Japão.
O índice acionário japonês Nikkei subiu 1,37% em Tóquio, a 23.178,10 pontos, impulsionado por ações financeiras e de montadoras, enquanto o chinês Xangai Composto avançou 0,24%, a 2.937,77 pontos, e o sul-coreano Kospi se valorizou 0,11% em Seul, a 2.184,29 pontos, em seu sétimo pregão consecutivo de ganhos.
Na sexta-feira (5), o relatório de emprego dos EUA - o chamado "payroll" - surpreendeu ao mostrar criação de mais de 2,5 milhões de postos de trabalho em maio. A previsão de analistas era de eliminação de 8 milhões de vagas.
Antes disso, o otimismo com o processo de reabertura econômica em várias partes do mundo, após o choque do coronavírus, já vinha sustentando o apetite por risco nos mercados asiáticos.
Na Ásia, há sinais também de que os efeitos econômicos da Covid-19 podem ter sido superestimados.
No Japão, o Produto Interno Bruto (PIB) se contraiu em ritmo anualizado de 2,2% no trimestre até março, queda bem menor do que a originalmente estimada, de 3,4%. Já na China, a balança comercial apresentou desempenho misto em maio, mas as exportações - componente mais observado pelos investidores - tiveram redução anual bem menos intensa do que se projetava, de 3,3%. A expectativa era de recuo de 6,5%.
Nas bolsas de Hong Kong e de Shenzhen, os ganhos foram apenas marginais. O Hang Seng subiu 0,03%, a 24.776,77 pontos, e o Shenzhen Composto - índice chinês de menor abrangência - avançou 0,02%, a 1.856,89 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana não operou nesta segunda devido a um feriado nacional.