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Economia

- Publicada em 03 de Junho de 2020 às 20:06

Reabertura de setores ameniza queda de vendas no Rio Grande do Sul

Indústria de tratores desponta na recuperação de vendas, com alta de 16% no fim de maio

Indústria de tratores desponta na recuperação de vendas, com alta de 16% no fim de maio


MARCO QUINTANA/JC
Do susto inicial com queda de quase 30%, o valor diário de vendas com notas fiscais eletrônicas registra recuo médio de 12% em quase 80 dias da adoção de medidas mais restritivas a setores econômicos no Rio Grande do Sul. Dados do boletim da Secretaria Estadual da Fazenda, liberados nesta quarta-feira (3), apontam que, na última semana de maio, a movimentação de vendas ficou em R$ 1,76 bilhão ao dia frente a R$ 2 bilhões do mesmo período de 2019.
Do susto inicial com queda de quase 30%, o valor diário de vendas com notas fiscais eletrônicas registra recuo médio de 12% em quase 80 dias da adoção de medidas mais restritivas a setores econômicos no Rio Grande do Sul. Dados do boletim da Secretaria Estadual da Fazenda, liberados nesta quarta-feira (3), apontam que, na última semana de maio, a movimentação de vendas ficou em R$ 1,76 bilhão ao dia frente a R$ 2 bilhões do mesmo período de 2019.
Mesmo que a Receita Estadual considere que há "uma tendência de recuperação" nas emissões, o confronto com as semanas anteriores a 20 de março, quando começam medidas de distanciamento em Porto Alegre estendendo-se depois a todo o Estado, indica uma brutal diferença no ritmo de vendas. Na semana de 16 a 20 de março, o fluxo chegou a R$ 2,7 bilhões. O Rio Grande do Sul vinha com desempenho superior na atividade frente ao ano passado, que foi prejudicado pelo impacto das medidas de contenção para evitar maior velocidade de transmissão do novo coronavírus. 
Nas últimas semanas, há uma redução da atividade, mas a emissão de notas reduz em ritmo muito mais fraco. O boletim aponta quedas de 1%, 2% e 3% nas últimas três semanas, respectivamente. A comparação é sempre com 2019, ressalta a Fazenda. “Esse índice chegou a ser de -31%”, salienta o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, em nota.
Atualmente, a maior parte dos setores já está operando, alguns como o varejo e ramos de serviços com menor capacidade. A indústria registrou queda de 14% nas vendas na semana passada. Em abril, chegou a ter queda de 41%. A média de 75 dias é perda de 17% no fluxo. O boletim mostrou que o setor de tratores e implementos agrícolas, com alta de 16%, desponta entre atividades que estão recuperando negócios nas últimas semanas, mas no período ainda amarga queda de 15% nas vendas.
Já a indústria de fabricação de veículos despencou 79% na semana passada e ostenta média de recuo de 59% no período. Logo depois vem a coureiro-calçadista, com queda de 36% na última medição e 60% em 80 dias, na média. Fábricas e fornecedores estão paradas, como a unidade da General Motors em Gravataí. Fabricação de ônibus retornou, mas com capacidade operacional menor, seguindo regras do distanciamento controlado. Abates de suínos e processamento de arroz lideram os aumentos, com 48% e 58% de avanço respectivamente, e 44% na média dos dois setores desde março. 
O setor atacadista é o único com crescimento, que ficou em 5% na semana passada. No acumulado desde 16 de março, o segmento ficou estável, zerando perdas. O varejo teve queda de 4% na última semana de maio, frente ao mesmo período do ano anterior. Desde março, a redução média é de 18% nas vendas. As regiões das Hortênsias e Metropolitana lideram nas perdas, com recuo de 27% (serra) e 30% em Porto Alegre e Região.
Vestuário e calçados são os segmentos do comércio com mais perdas, de 50% a 60%. Estes ramos sofrem mais, pois a reabertura do comércio foi gradualmente ocorrendo na segunda quinzena de abril, em boa parte do Estado, mas só foi liberada em Porto Alegre - comércio em geral e shopping centers - depois de 20 de maio. Nos combustíveis, a venda de gasolina é 25% menor no período frete a 2019, e o preço do litro ficou em R$ 3,94 na semana passada. Na Capital, o valor é inferior a R$ 3,70 em muitos postos.    
“Desde o início da pandemia, em geral, os números têm apontado crescimento nas vendas de produtos de higiene, alimentos, medicamentos e materiais hospitalares. Para os demais produtos, entretanto, temos uma redução média de 28% no acumulado, sendo que esse índice já foi de queda de 72% no final de março”, destaca Ricardo Neves.
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