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Economia

- Publicada em 03 de Junho de 2020 às 19:42

Café do Porto encerra operações físicas após 25 anos na Padre Chagas

Cafeteria não reabriu após liberação do comércio e informou os clientes na segunda-feira

Cafeteria não reabriu após liberação do comércio e informou os clientes na segunda-feira


FOTOS MARCO QUINTANA/JC
Fernanda Crancio
Pioneiro ao incentivar o culto ao café em Porto Alegre e a transformar a cafeteria em um tradicional ponto de encontro, o Café do Porto encerrou suas operações, após 25 anos de funcionamento. O anúncio oficial do fechamento da charmosa garagem localizada na Rua Padre Chagas, no coração do bairro Moinhos de Vento, ocorreu por meio de uma postagem publicada na página do Facebook do estabelecimento, na última segunda-feira (1).
Pioneiro ao incentivar o culto ao café em Porto Alegre e a transformar a cafeteria em um tradicional ponto de encontro, o Café do Porto encerrou suas operações, após 25 anos de funcionamento. O anúncio oficial do fechamento da charmosa garagem localizada na Rua Padre Chagas, no coração do bairro Moinhos de Vento, ocorreu por meio de uma postagem publicada na página do Facebook do estabelecimento, na última segunda-feira (1).
No texto, em tom de despedida, a proprietária Cacaia Bestetti relembrou os primórdios do negócio, que começou tímido, em meio a prédios residenciais, e cresceu junto com a fama da rua, ajudando a transformar a Padre Chagas em ponto gastronômico, de lazer e de reunião dos porto-alegrenses e visitantes que chegavam à cidade. Inaugurada em julho de 1995, a cafeteria ajudou a mudar o perfil da região, que por anos foi sinônimo de bom gosto. Hoje, prejudicada pela crise gerada pela Covid-19 e pela mudança de perfil dos negócios e da clientela, a área sofre com o fechamento de inúmeros restaurantes, bares e pontos de comércio."Inauguramos a tradição de sentar à mesa, na calçada da rua, e apreciar o prazer de um bom café", lembra Cacaia, arquiteta de formação e um apaixonada por café.
A decisão de fechar a casa não foi fácil, mas consequência de diversos fatores e crises enfrentadas pelo setor gastronômico nos últimos anos, segundo ela. Além da crise econômica dos últimos meses de isolamento social, pesaram na decisão questões de segurança, os reflexos sentidos com as medidas que determinaram a Lei Seca na Capital e a dificuldade em pagar o aluguel do prédio, problema recorrente entre os estabelecimentos instalados na região. "Os aluguéis viraram estratosféricos na região e isso foi um motivo forte na decisão de fechar, fora o custo físico de manter nossos esforços nos últimos anos, em função da diminuição geral do movimento da Padre Chagas. Não fazia sentido pagar para trabalhar, principalmente em um País que parece querer empurrar o empreendedor para baixo", desabafa a proprietária.
A marca forte do café como produto, diferencial destacado por ela como grande atrativo do Café do Porto, seguirá viva. Cacaia, que desde 19 de março - um dia antes da publicação do decreto municipal que fechou o comércio na cidade- passou a entregar o café moído na casa dos clientes, prepara para o mês de julho um trabalho voltado à operação digital, ainda em elaboração. "Não tenho mais energia para a operação física, mas a paixão pelo café, todo o conhecimento que adquiri sobre o produto e as amizades que construí em torno dele me inspiraram a iniciar uma proposta digital", comenta, sem detalhar o projeto.
O lançamento do nosso serviço será feito em julho, mês do aniversário do Café do Porto, prestes a completar 25 anos. Por ora, enquanto o projeto está sendo estruturado, foram dispensados os oito funcionários que ainda trabalhavam no local. Embora fechado ao público, as entregas de café a domicílio seguem sendo feitas e ainda há opções de encomendas de cestas de café da manhã e comemorativas. "Nesse período de quarentena seguimos tendo uma boa procura dos clientes, vendemos um média de cerca de 15 quilos de café", revela.
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Cafeteria ocupava charmosa garagem e calçada da Padre Chagas
Cacaia admite que sentirá falta do contato diário dos clientes, muitos deles transformados em amigos, mas diz que vai aproveitar a nova fase do negócio e o 'momento peculiar' para visitar o neto, que mora em Brasília, com mais frequência. "Por uma lado tem a dor de fechar, mas o estímulo de um novo desafio. Estou empolgada e triste ao mesmo tempo, mas será um até breve aos clientes", ressalta.
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