A Secretaria Estadual da Saúde publicou no Diário Oficial do Estado na terça-feira (02) uma portaria que permite a reabertura dos provadores no comércio de rua do Rio Grande do Sul. Seguindo os requisitos do Plano de Distanciamento Controlado do governo, o texto estabelece protocolos de funcionamento que devem ser adotados pelos estabelecimentos comerciais.
Para a reabertura, o comércio deve seguir uma série de medidas estabelecidas na portaria e, em caso contrário, correm o risco de infração de natureza sanitária. Dentre essas medidas estão limpar os provadores com álcool 70% a cada uso e disponibilizar álcool em gel para higienização das mãos na entrada e saída dos provadores, realizar higienização a vapor e aguardar secagem para novo uso, manter controle de acesso nos provadores respeitando o distanciamento mínimo. É proibida a prova de peças que tenham contato com o rosto, e se pede que os clientes permaneçam com máscaras durante a prova de roupas e acessórios. Também se exige que o cliente higienize as mãos antes e depois da prova dos calçados e, após a prova, eles devem permanecer em local arejado e fora da caixa.
De acordo com o secretário extraordinário de enfrentamento ao coronavírus de Porto Alegre, Bruno Miragem, como não havia uma proibição específica do município em relação a provadores, a reabertura está permitida na Capital. Ele explica que a Prefeitura estabeleceu regras gerais para todos os setores, e não protocolos específicos como é o caso do governo do Estado. Para o comércio, por exemplo, essas regras são distanciamento interpessoal de 2 metros, higienização permanente e capacidade de lotação limitada para 50% do total.
Agora, segundo Miragem, a Prefeitura estuda quais setores econômicos na Capital estão com restrições mais fortes para avançar na liberação caso os indicadores - como lotação de UTIs e casos do vírus - permitam.
A Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV) comemorou a decisão. "Esta flexibilidade estava fazendo muita falta aos lojistas do segmento e, com isso, a recuperação nas vendas terá um importante incentivo", afirmou o presidente da entidade, Sérgio Galbinski. De acordo com pesquisa promovida pela entidade em maio, 48,6% dos lojistas entrevistados apontaram uma queda de mais de metade das vendas com a restrição de acesso aos provadores.