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Economia

- Publicada em 31 de Maio de 2020 às 22:41

Cooperativas de energia apoiam melhorias na rede elétrica

Erineo Hennemann, da Certel, foi eleito presidente da Fecoergs

Erineo Hennemann, da Certel, foi eleito presidente da Fecoergs


/LUIZA PRADO/JC
Jefferson Klein
Entre as bandeiras que o recentemente eleito presidente da Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Fecoergs), Erineo José Hennemann, sustentará em seu mandato de dois anos está a qualificação da estrutura de fornecimento de eletricidade no campo.
Entre as bandeiras que o recentemente eleito presidente da Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Fecoergs), Erineo José Hennemann, sustentará em seu mandato de dois anos está a qualificação da estrutura de fornecimento de eletricidade no campo.
O dirigente, que também é presidente da Certel, cooperativa de Teutônia, espera contar com o apoio do programa Energia Forte do Campo, do governo do Estado, e dos municípios para ir adiante com a iniciativa. Hoje, a Fecoergs é composta por 24 cooperativas, que representam em torno de 300 mil famílias associadas presentes em 370 municípios. Entre os ativos desses grupos estão 65 mil quilômetros de redes de energia, 24 centrais hidrelétricas e duas usinas solares, além de mais oito hidrelétricas consorciadas com outras empresas.
Jornal do Comércio - Quais são as suas principais metas à frente da Fecoergs?
Erineo José Hennemann - Temos um planejamento estratégico que tem como missão integrar e desenvolver o sistema cooperativo de infraestrutura. O objetivo é representar (o setor) política e institucionalmente junto a órgãos do governo e compartilhar conhecimentos, buscando soluções inovadoras, com novas tecnologias. É bastante abrangente a missão.
JC - Qual a sua opinião sobre a demanda de produtores quanto à melhoria na qualidade e na capacidade de abastecimento de energia no campo?
Hennemann - Vejo como uma solução necessária, mas os investimentos são altos, e os associados, muitos deles, são pequenos produtores, ligados à produção familiar, e não têm capacidade financeira para arcar com aportes elevados. Nesse sentido, o programa Energia Forte do Campo é uma iniciativa do governo do Estado que incentiva a substituição de redes monofásicas por trifásicas (entre outras medidas, essa ferramenta prevê financiamento do BRDE para ampliar a capacidade de atendimento da estrutura elétrica).
JC - Qual a vantagem de fazer essa qualificação da rede elétrica no meio rural através do programa?
Hennemann - A parceria do governo do Estado com os municípios e as cooperativas vai reduzir o desembolso do associado, pois vamos complementar o investimento necessário. Esse programa vem para atender a uma grande parte dos nossos consumidores, e vejo que as cooperativas, todas elas, têm interesse para que essa ação realmente aconteça.
JC - Como a pandemia do coronavírus tem afetado o setor das cooperativas de energia no Rio Grande do Sul?
Hennemann - Estamos sentindo, na área rural, um consumo normal de energia, mas, onde as cooperativas atendem a indústrias, nota-se uma redução. Nas áreas urbanas também se percebe uma elevação do consumo, pois o pessoal começou a utilizar mais energia em casa. A área rural está se mantendo em função da sua produção, já a industrial teve algumas empresas que diminuíram as atividades. O comércio também reduziu em função do fechamento de muitas lojas. Por outro lado, sentimos um aumento na inadimplência, em função do coronavírus e do desemprego, mas nada que venha a comprometer o sistema cooperativo.
JC - Como foi o impacto na Certel?
Hennemann - A inadimplência na Certel está na ordem de 10%. Já quanto ao consumo de energia, na área rural se manteve, na indústria caiu em torno de 8%, na residencial aumentou cerca de 15% e no segmento comercial reduziu aproximadamente 4%, isso em abril com relação a março deste ano.
JC - Qual é o investimento previsto pela Certel em geração e distribuição de energia para este ano? Essa projeção sofreu alguma alteração?
Hennemann - A geração foi orçada em torno de R$ 45 milhões e a parte de distribuição, em cerca de R$ 70 milhões. As obras continuam normalmente.
JC - Quais os projetos que estão no horizonte da Certel?
Hennemann - Temos um investimento que está sendo realizado agora, que é uma nova rede elétrica entre Lajeado e Teutônia, ligando as subestações desses municípios, com circuito duplo, ou seja, são duas redes em uma estrutura só. Estamos fazendo também o levantamento para a construção de uma nova subestação de energia em Poço das Antas, para atender à área da indústria, principalmente da cooperativa Languiru. O investimento não parou, ele continua.
JC - Na área de geração, o que tem de empreendimento alinhavado?
Hennemann - Na geração, lançamos o projeto da hidrelétrica Vale do Leite (no rio Forqueta, entre os municípios de Pouso Novo e Coqueiro Baixo), que está em andamento normal, estamos na fase de fechamento de compra dos equipamentos. Acreditamos que essa situação é passageira, que temos que continuar produzindo, não podemos nos entregar para essa pandemia, mas, claro, mantendo as pessoas seguras e protegidas.
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