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Especiais#Anuário de Investimentos 2020

Construção Civil

- Publicada em 28 de Maio de 2020 às 21:50

Wolens investirá R$ 150 milhões no bairro Moinhos de Vento

Se incluídos no projeto, casarões da esquina da rua Fernando Gomes serão preservados

Se incluídos no projeto, casarões da esquina da rua Fernando Gomes serão preservados


/MARCO QUINTANA/JC
Atualizada em 2/6, às 12h12min.
Atualizada em 2/6, às 12h12min.
A perspectiva de novos investimentos na área da construção civil na capital gaúcha não estagnou completamente devido à pandemia do coronavírus. A incorporadora Wolens aportará em torno de R$ 150 milhões em quatro empreendimentos (que atendem aos segmentos residencial e comercial), no bairro Moinhos de Vento, sendo que um já está em construção e os outros três possuem terrenos com projetos em desenvolvimento.
Os investimentos previstos pela Wolens no Moinhos de Vento geraram rumores no bairro que a empresa também usaria as áreas dos estabelecimentos Dado Pub Moinhos, Constantino Café e Bar do Gomes, localizados na rua Fernando Gomes, para suas construções. Os dois primeiros pontos estão inativos e o último está funcionando atualmente no sistema de tele-entrega.
O sócio da construtora Daniel Goldsztein explica que a Wolens possui dois lotes que formam um terreno somente na rua Padre Chagas. "Temos um projeto em pleno desenvolvimento para essa área, que já foi adquirida pela empresa", reitera. O executivo detalha que, em função do fechamento dos restaurantes pelo decreto municipal em razão da pandemia e diante de alguma incerteza quanto à reabertura ou perspectivas de continuidade de funcionamento, os proprietários dos terrenos (que não são os donos dos restaurantes) entraram em contato para verificar se haveria interesse e a possibilidade de unir seus imóveis ao projeto da Wolens.
Conforme Goldsztein, a empresa avaliou a situação e observou que as casas da rua Fernando Gomes não fazem parte do inventário identificado pelo órgão de patrimônio histórico, cultural e arquitetônico do município de Porto Alegre, o que indica que elas até poderiam ser demolidas. "Porém, não é essa a intenção da Wolens, caso venhamos a adquirir os imóveis", frisa. Diante deste fato, por considerar que as casas compõem parte do visual da rua, estavam até poucos meses atrás em plena atividade e poderiam contribuir para a formação de um conjunto integrado ao prédio em estudo, a companhia entendeu que não é interessante removê-las.
Goldsztein acredita que o ideal é encontrar uma forma de incluí-las ao inventário do município para fins de preservação. A posição da empresa para com os proprietários foi de que só poderia agregar as casas ao projeto caso a prefeitura revisasse a situação e as listasse para fins de conservação.
"Havendo essa atualização da situação dos imóveis, a intenção da empresa é reformar de imediato as casas, devolvendo muitas das características originais, com os devidos ajustes para integrá-las ao projeto", adianta. Se as casas forem tombadas, o sócio da Wolens ressalta que será uma iniciativa ainda mais bonita e integrada ao bairro, contribuindo para a preservação da sua história e com revitalização daquela região que integra as ruas Fernando Gomes e Padre Chagas, evitando que aquela quadra acabe com mais imóveis vazios ou descuidados.

Empresa reorganizou cronogramas devido ao coronavírus

Complexo na Luciana de Abreu, 250, será residencial

Complexo na Luciana de Abreu, 250, será residencial


/MARCO QUINTANA/JC
Daniel Goldsztein detalha que a companhia está na fase final da obra do edifício Luciana 250, na rua Luciana de Abreu, que deve ficar pronto no começo de 2021. Os terrenos que receberão os outros prédios estão localizados na esquina da rua Tobias da Silva com a Quintino Bocaiúva, na Barão de Santo Ângelo, quase esquina com a Marquês do Herval, e na Padre Chagas, em área onde funciona um estacionamento. O edifício Luciana contará com 12 andares mais o térreo, além de 22 apartamentos. "Os outros não serão muito diferentes disso, pois é o que o Plano Diretor permite, mas ainda estão em desenvolvimento", comenta Goldsztein.
Os complexos nas ruas Luciana de Abreu e na Barão de Santo Ângelo serão residenciais e os outros dois possuirão uma base comercial de lojas e a torre residencial. As edificações contarão com imóveis de 90 metros quadrados até 387 metros quadrados e as unidades têm valores previstos a partir de R$ 1,2 milhão. O executivo esclarece que o cronograma das novas iniciativas depende do tempo de tramitação na prefeitura de Porto Alegre, portanto não é possível fazer uma estimativa quanto ao início dos trabalhos. No entanto, após aprovado o projeto, cada obra costuma ter duração que varia entre 24 e 28 meses de construção.
Quanto aos impactos do coronavírus no mercado da construção civil, Goldsztein informa que a Wolens adiou lançamentos em razão das restrições para realização de eventos e abertura de plantões de venda e reduziu a velocidade na elaboração de quase todos os projetos, tanto no bairro Moinhos como em outras regiões da cidade. "Mas, são adequações mais relacionadas com os cronogramas de lançamento do que com os impactos econômicos da pandemia, até o momento", aponta o dirigente. Ele enfatiza que a empresa acredita muito no potencial do Moinhos de Vento e pretende lançar os empreendimentos dessa região assim que estiverem aprovados e for adequado promover ações para clientes e para os corretores.

Sinduscon-RS comemora a retomada no segmento

O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Aquiles Dal Molin Jr., enfatiza que se trata de uma notícia positiva a retomada de empreendimentos. No caso do Moinhos de Vento, Dal Molin Jr. destaca que o bairro se mantém valorizado. "Qualquer coisa que seja construída ali vai vender bem", prevê.
A presidente da Associação dos Moradores e Empresários do Bairro Moinhos de Vento (AME Moinhos), Andrea Pires Weber, reforça que o ideal é que qualquer novo empreendimento imobiliário que venha a se desenvolver no Moinhos de Vento não desfigure o perfil do bairro.