Projeto (Re)pense ressalta a reciclagem do plástico

Chamar a atenção para a relevância do plástico para a sociedade e a necessidade de aumentar a prática da reciclagem dentro dessa cadeia foi uma das razões para a criação do projeto (Re)pense, lançado oficialmente no Instagram nesta segunda-feira. A iniciativa é capitaneada pelo Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast-RS) e, em alguns dias, também estará disponível na plataforma LinkedIn.

O presidente do Sinplast-RS, Gerson Haas, frisa que a ferramenta, entre outras ações, busca demonstrar qual a melhor forma para separar e descartar corretamente os produtos para que depois sejam reciclados. O empresário comenta que aproximadamente 20% de todo plástico consumido é constituído de itens descartáveis (garrafas, embalagens etc.) e, desse total, apenas 30% chega a ser reciclado no Brasil. "Ainda é baixo, estamos trabalhando para aumentar isso", afirma.

O dirigente reforça que a reciclagem, além de contribuir para o meio ambiente, possibilita a movimentação da economia e a criação de empregos. Haas salienta que são várias as possibilidades de reaproveitamento dos plásticos, como fabricação de sacolas, para-choques painéis de automóveis, canos, entre outros.

Neste momento de pandemia do coronavírus, reforça o integrante do Sinplast-RS, o plástico, por ser um produto descartável, tornou-se um importante instrumento da área da saúde. O presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho, acrescenta que, além do uso em hospitais, o plástico tem sido muito utilizado nas embalagens de serviços de tele-entrega de alimentos, muito demandados durante a quarentena das pessoas. Coelho defende que o problema não é o produto ser descartável, mas sim desenvolver uma maior consciência quanto ao descarte adequado para o item não terminar em um local indevido.

Já o presidente do Sinplast-RS ressalta que entre os principais agentes que contribuem para que a reciclagem seja feita no Brasil estão as cooperativas de catadores. Ele sustenta que uma medida que poderia intensificar a prática é condicionar alvarás de bares e restaurantes a parcerias com associações de catadores para dar a destinação correta aos seus resíduos.