Em meio à pandemia de coronavírus, o Itaú Unibanco piorou a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020, de queda de 2,5% para contração de 4,5%, conforme relatório divulgado nesta segunda-feira. Para 2021, a estimativa de crescimento também foi revisada para baixo.
Por trimestre, o Itaú espera queda de 2,1% do PIB no período de janeiro a março e contração de 10,6% no segundo trimestre, seguido de altas de 10,1% no terceiro trimestre e de 0,70% no último quarto do ano, considerando as comparações na margem, com ajuste sazonal. As projeções para a taxa de desemprego, por sua vez, foram elevadas: de 12,6% para 14%, no fim de 2020, e de 12% para 13,7% no fim de 2021.
"A mudança foi causada por crescimento global mais baixo; propagação do vírus no Brasil ainda intensa e persistente; e expectativa de deterioração do cenário fiscal no Brasil, que gera condições financeiras menos estimulativas e reduz a capacidade da economia de retomar o crescimento depois que a epidemia passa", explica.
O Itaú Unibanco também piorou significativamente as projeções fiscais no âmbito da crise provocada pelo novo vírus na revisão de cenário. O banco estima que deve haver aumento de gastos sociais no ano que vem.