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Economia

- Publicada em 22 de Abril de 2020 às 21:45

Transporte rodoviário de cargas cai 45,2%

Redução foi mais intensa no transporte de cargas internacional

Redução foi mais intensa no transporte de cargas internacional


MARCELO G. RIBEIRO/arquivo/JC
Jefferson Klein
A movimentação de mercadorias é um dos melhores termômetros para medir os reflexos da pandemia do coronavírus na economia. De acordo com a mais recente pesquisa feita pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), a queda no volume de cargas deslocadas pelo modal rodoviário é na ordem de 45,2% no País, sendo que, no Rio Grande do Sul, essa diminuição chega a 41,7%.
A movimentação de mercadorias é um dos melhores termômetros para medir os reflexos da pandemia do coronavírus na economia. De acordo com a mais recente pesquisa feita pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), a queda no volume de cargas deslocadas pelo modal rodoviário é na ordem de 45,2% no País, sendo que, no Rio Grande do Sul, essa diminuição chega a 41,7%.
O presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, lembra que o primeiro levantamento, feito entre 16 e 23 de março, apontou uma redução de 26,1%; na segunda semana, uma diminuição de 26,9%; na terceira, um corte de 38,7%; posteriormente, reflexo de 43,9%; e, entre 13 a 19 de abril, a última pesquisa, queda da 45,2%. O dirigente acredita que se esteja chegando a um momento de estabilidade e de reversão na curva da queda no transporte de cargas.
O levantamento mais atual revelou que o estado que sofreu a maior redução na movimentação de cargas rodoviárias foi o Maranhão, com 75%, e o menor impacto foi no Amazonas, 25%. Já quanto a segmentos, os menos afetados foram o farmacêutico e de supermercados, com diminuições de 10,50% e 19,80%, respectivamente, e os mais atingidos foram os de linha branca (66,38%) e automobilístico (65,61%).
Pelucio salienta que a reabertura de atividades econômicas promovidas por algumas prefeituras e por governos estaduais - como os de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul - facilitará essa retomada. O dirigente frisa que, apesar de algumas cidades terem determinado restrições para a circulação de veículos, o principal fator que contribuiu para a queda na movimentação de cargas no País foi a redução da demanda devido ao refreamento da economia. "O objetivo não é abrir o comércio de uma vez só, queremos, pelo menos, ir abrindo aos poucos, com cuidados", defende. Ainda segundo o trabalho da NTC&Logística, o percentual de empresas ligadas ao setor de transportes que tiveram revés significativo no faturamento saltou de 66%, na primeira semana de acompanhamento, para 89%. Até o momento, responderam à pesquisa mais 3 mil companhias de todos os estados e do Distrito Federal.
Além da queda na movimentação de itens dentro do Brasil, a NTC&Logística indica, atualmente, uma redução de 61% no transporte rodoviário internacional de cargas. O presidente da Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI), Francisco Cardoso, comenta que a situação do deslocamento de mercadorias para a Argentina, principal parceiro do Brasil na América do Sul, começou a ficar mais complicada a partir da última semana de março. No entanto, o dirigente recorda que entre as atividades consideradas como essenciais entre os dois países foi listado o transporte internacional de cargas.
Cardoso estima que, na quarta semana de março, a exportação do Brasil para a Argentina caiu algo entre 60% e 70%, e as importações sofreram um corte de 70% a 80%. Já na terceira semana de abril foi possível perceber a recuperação, especialmente, das exportações feitas por Uruguaiana. O presidente da ABTI enfatiza que a redução foi devido ao desaquecimento da economia. "O nosso problema é demanda, as fronteiras estão abertas", ressalta.
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