Protagonista de embates com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, emitiu novas "mensagens diplomáticas" ao País nesta terça-feira, no Twitter. "Precisamos, neste momento, que a amizade sino-brasileira continue a florescer", afirmou, em vídeo em que parabeniza a cidade de Brasília pelos 60 anos de fundação.
Yang criticou Weintraub publicamente no início de abril, após o ministro da Educação ter insinuado, também no Twitter, que a China sairá fortalecida da crise do coronavírus e que o país asiático seria responsável pela pandemia. "Tais declarações são completamente absurdas e desprezíveis, que têm cunho fortemente racista e objetivos indizíveis, tendo causado influências negativas no desenvolvimento saudável das relações bilaterais China-Brasil", respondeu a embaixada, à época.
Antes, as rusgas tinham sido com o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro. "A culpa é da China e liberdade seria a solução", escreveu o parlamentar em março. Yang respondeu compartilhando publicação que dizia que "a família Bolsonaro é o grande veneno desse país", mas apagou a postagem.
Nesta terça-feira, o jornal britânico Financial Times publicou que os laços entre Brasil e China estão tensos em razão da "guerra nas mídias sociais". "Os chineses já manifestaram preocupações (com a relação bilateral) e sinalizaram que, se as tensões continuarem, os danos podem ser mais tangíveis. Essas mensagens já foram enviadas", diz a reportagem.