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Economia

- Publicada em 08 de Abril de 2020 às 21:25

Reservatórios do Sul estão com níveis muito baixos

Índice é de apenas 16,87% nos reservatórios do subsistema Sul

Índice é de apenas 16,87% nos reservatórios do subsistema Sul


/Acervo Engie/divulgação/jc
Jefferson Klein
Além de impactar a agricultura, o tempo seco também reflete diretamente no setor de energia. Particularmente na Região Sul do Brasil, os níveis dos reservatórios das hidrelétricas estão muito baixos. De acordo com o diretor do Departamento de Energia da Secretaria estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, Eberson Silveira, os patamares são os menores registrados nos últimos dez anos.
Além de impactar a agricultura, o tempo seco também reflete diretamente no setor de energia. Particularmente na Região Sul do Brasil, os níveis dos reservatórios das hidrelétricas estão muito baixos. De acordo com o diretor do Departamento de Energia da Secretaria estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, Eberson Silveira, os patamares são os menores registrados nos últimos dez anos.
A medição desses volumes é feita pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) elétrico e, conforme dados do órgão relativos ao dia 7 de abril, o índice de Energia Armazenada (EAR) nos reservatórios do subsistema Sul era de 16,87%, contra 52,50% do Sudeste/Centro-Oeste, 82,88% do Nordeste e 71,86% do Norte. Silveira comenta que, tradicionalmente, os reservatórios do Sul encontram-se com níveis inferiores nessa época do ano, mas não em percentuais tão diminutos. Antes do resultado atual, o pior registro no subsistema Sul, aponta o integrante da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, foi de 34% em março de 2012.
Apesar do cenário atual, Silveira frisa que a pandemia do coronavírus fez com que o consumo de energia caísse em todo o País, o que torna remota qualquer chance de desabastecimento. Ele informa que o Brasil operou no começo dessa semana com uma folga de 22,5% da capacidade máxima do sistema. Além disso, Silveira ressalta que a maior virtude do sistema elétrico nacional é ser interligado. Ou seja, a energia produzida em um estado que se encontre com boas condições de geração pode ser encaminhada para outro que apresente dificuldade. "É uma estrutura que está bastante robusta, que tem condições de fazer esse intercâmbio entre as regiões", enfatiza. O diretor da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura lembra que as outras regiões do País, diferentemente do Sul, estão apresentando bons níveis nos seus reservatórios hidrelétricos.
O assistente executivo da diretoria de Geração do Grupo CEEE, Marcelo Frantz, confirma que os níveis dos reservatórios de usinas pertencentes à estatal ou nas quais a empresa possui participação estão baixos. Frantz reforça que o ONS preserva os reservatórios que estão mais baixos, dando prioridade aos que têm melhores condições de atendimento. O Grupo CEEE possui 15 hidrelétricas com potência instalada de 909,9 MW (quase um quarto da demanda média de energia elétrica do Estado), além de participação em outros empreendimentos.
O diretor de Geração da Engie Brasil Energia, José Luiz Laydner, também atesta que os reservatórios da empresa localizados na região Sul do País estão, em média, com armazenamentos consideravelmente baixos. Essa condição levou à redução da geração com o objetivo de preservar os estoques dos reservatórios. A companhia possui três hidrelétricas no Sul - em Passo Fundo, no rio Passo Fundo; Salto Osório (PR) e Salto Santiago (PR); ambas no rio Iguaçu e duas outras hidrelétricas em consórcio com outras empresas - Machadinho e Itá, ambas no rio Uruguai, na divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A capacidade instalada deste conjunto de usinas é igual à 5.314 MW. Quanto aos reservatórios dessas usinas, a situação mais problemática é a de Machadinho (em que o Grupo CEEE também tem participação), que se encontra com um nível tão baixo que não tem capacidade para gerar energia para o sistema.
Laydner comenta que a perspectiva é de que as situações melhorem somente quando retornarem as chuvas de forma consistente. "Espera-se que a partir de maio venha a ocorrer a passagem de frentes frias sobre a região Sul levando à ocorrência de chuvas significativas", adianta o diretor da Engie.
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