O dólar inverteu para leve alta, após iniciar a sessão com viés de baixa ante o real em meio ao fortalecimento de outras moedas emergentes mais cedo no exterior, como o peso mexicano. Investidores olham a alta dos índices futuros das bolsas de Nova Iorque, após o presidente norte-americano, Donald Trump, prometer um novo pacote de ajuda de US$ 250 bilhões a empresas do país e corte de impostos sobre a folha de pagamentos.
Às 9h52min, o dólar à vista subia 0,28%, a R$ 5,2381.
Os dados fracos de Serviços no País em fevereiro (-1,0% ante janeiro e pior que o esperado pelo mercado), embora sejam retrovisores, apoiam as expectativas de novo corte da taxa Selic em maio, uma vez que a previsão é de que a situação no setor pode piorar em março e abril por causa da rápida disseminação da covid-19 no País e do isolamento social adotado em vários Estados e municípios.
"O mercado de moedas emergentes está volátil e com sinais mistos. A queda inicial ante o real acompanhou, naquele momento, a invertida lá fora de algumas divisas emergentes, que passaram a ganhar do dólar, principalmente o peso mexicano, que chegou a subir 0,44%, e aqui o real acompanhou", disse Jefferson Rugik, da Correparti.
Segundo ele, o spread bancário nas transações cambiais ainda está "gigante" nas operações à vista e com o dólar futuro. As instituições estão embutindo o risco alto do momento nos preços, afirma.