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Varejo

- Publicada em 12 de Abril de 2020 às 20:38

Supermercados intensificam cuidados no combate à Covid-19

Rede Apolo, da Serra gaúcha, adotou placas de acrílico nos caixas

Rede Apolo, da Serra gaúcha, adotou placas de acrílico nos caixas


/Divulgação Super Apolo
Atento à pandemia do coronavírus, o setor supermercadista vem intensificando as medidas de segurança para evitar o aumento da infecção no Estado. Segundo o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) Antônio Cesa Longo, as empresas estão orientadas a fornecer equipamento de proteção individual para todos os funcionários, além de disponibilizarem álcool em gel nos balcões de checkout. Placas de acrílico - que formam uma espécie de cabine de proteção - têm sido utilizadas em redes de médio porte, como Super Apolo, (que tem sete lojas distribuídas em Bento Gonçalves e Garibaldi) até as grandes, como do Grupo Zaffari, com dezenas de lojas no Rio Grande do Sul. No entanto, segundo o presidente do Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre (Sindec), Nilton Neco, existem empresas pequenas ainda descumprem as orientações de segurança na Capital.
Atento à pandemia do coronavírus, o setor supermercadista vem intensificando as medidas de segurança para evitar o aumento da infecção no Estado. Segundo o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) Antônio Cesa Longo, as empresas estão orientadas a fornecer equipamento de proteção individual para todos os funcionários, além de disponibilizarem álcool em gel nos balcões de checkout. Placas de acrílico - que formam uma espécie de cabine de proteção - têm sido utilizadas em redes de médio porte, como Super Apolo, (que tem sete lojas distribuídas em Bento Gonçalves e Garibaldi) até as grandes, como do Grupo Zaffari, com dezenas de lojas no Rio Grande do Sul. No entanto, segundo o presidente do Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre (Sindec), Nilton Neco, existem empresas pequenas ainda descumprem as orientações de segurança na Capital.
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"Temos recebido muitas denúncias de não utilização dos equipamentos de proteção individual (máscaras e luvas)", informa Neco. "Reforçamos que é obrigação dos empregadores fornecerem as condições para que os trabalhadores dos setores considerados essenciais tenham sua saúde preservada." A entidade está atuando com equipes de fiscalização, e tem entrado em contato com os departamentos de Recursos Humanos dos supermercados locais, para que forneçam máscaras e luvas e utilizem marcas nos chão, sinalizando limites para que as pessoas não se aproximem umas das outras.
As reclamações são formalmente encaminhadas aos órgãos municipais responsáveis pela fiscalização, informa Neco. O sindicato também vem protocolando denúncias junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), afim de que os comerciários tenham o respaldo necessário, "garantindo em primeiro lugar, sua saúde". O trabalho tem resultado na intensificação da fiscalização e já motivou o fechamento de uma rede da zona Norte da Capital recentemente.
"As grandes estão cumprindo, mas tem muita rede pequena que não está fazendo nem o básico. Para piorar, a população se amontoa nas filas dos caixas. Falta consciência nas pessoas, que não estão levando a pandemia a sério", desabafa o presidente do Sindec. Ele informa que até o momento não há registro de casos de trabalhadores de supermercados positivados para o coronavírus. "É muito difícil saber quem tem, até porque quando se vai com sintomas em um posto de saúde, estão mandando as pessoas para casa em isolamento, sem fazer os testes."
Segundo Longo, da Agas, a entidade enviou no último dia 18 de março uma cartilha orientando os associados sobre boas práticas operacionais que contribuam para a segurança sanitária dos estabelecimentos. As medidas vão desde o reforço na higienização de carrinhos, cestos e checkouts após a passagem de cada cliente, até a suspensão das degustações em loja e a reorganização do mix de produtos com foco no autosserviço - evitando filas e sobrecarga nos balcões de atendimento de açougue, padaria e fiambreria. Longo informa que, inclusive, houve queda de 50% das vendas de produtos de padaria. "A população está dando preferência para o que já vem embalado, sem precisar passar pelas mãos dos colaboradores dos supermercados."
Algumas redes mudaram os horários de funcionamento das lojas. As unidades Zaffari e Bourbon da Capital, para evitar aglomerações, ampliaram em 11 lojas o horário até as 22h, de segunda a sábado, e até as 21h nos domingos e feriados. Outras oito lojas passam a funcionar até 21h, e cinco permanecem com o fechamento às 20h.
Os hipermercados Bourbon em Novo Hamburgo e São Leopoldo também irão operar até as 22h de segunda-feira a sábado, e até as 21h nos domingos e feriados; as lojas em Passo Fundo abrem até 21h, de segunda a sábado, e até as 20h nos domingos e feriados. As demais lojas da rede mantêm a operação até as 20h.
O Zaffari também está abrindo as suas lojas em horários diferenciados, no início do dia ,para atender exclusivamente a população idosa e de grupos de risco. Já o Super Apolo, na Serra Gaúcha, optou por fechar duas horas mais cedo e intensificou a alimentação dos funcionários, bem como implementou um sistema de transporte especial, que garante o deslocamento dos colaboradores (de casa para o trabalho e vice-versa) para que passem por menos exposição ao vírus.

Rede Zaffari limita atendimento a 50% da capacidade

Maior empresa de supermercados do Rio GranBourbon tomou diversas medidas para a proteção dos colaboradores e dos clientes, a exemplo da marcação do chão em frente aos caixas de todas as lojas para guiar as pessoas a manterem a distância indicada pelos órgãos responsáveis. A ideia é evitar aglomerações no processo de pagamento.
Segundo a assessoria de comunicação do Zaffari, também foi implementado um sistema de controle de entrada de público, sendo permitida 50% da capacidade máxima autorizada pelo Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI) de cada loja. O controle é feito através de um aplicativo comandado por um colaborador, que permanece na entrada da loja computando o número de pessoas que entram e o número de pessoas que saem da unidade.
Também o uso de protetor facial total foi disponibilizado para todos os operadores de caixa e será distribuído para os colaboradores que atuam nas áreas de atendimento direto ao cliente, "gradativamente conforme a empresa adquire o item no mercado".
Com maior facilidade para a respiração quando comparado com as máscaras comuns, o protetor facial também cobre a área dos olhos (além de boca e nariz), representando uma barreira física entre o trabalhador e as demais pessoas ao redor.
A rede gaúcha informa ainda que os colaboradores estão "recebendo orientações rigorosas quanta à higienização do material, que deverá ser feita antes e após o uso, com água e sabão ou álcool em gel."