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Economia

- Publicada em 01 de Abril de 2020 às 09:54

Dólar segue forte com cautela externa e local no primeiro dia de abril

Alta é impulsionada por manifestação de Bolsonaro via Twitter, nesta quarta-feira de manhã

Alta é impulsionada por manifestação de Bolsonaro via Twitter, nesta quarta-feira de manhã


FREEPIK/Reprodução/JC
Agência Estado
O dólar segue em alta ante o real, alinhado à valorização registrada no exterior. Pesam no sentimento dos investidores a perspectiva de disparada do coronavírus nos EUA nas próximas semanas e a nova subida de tom do presidente Jair Bolsonaro contra governadores e prefeitos no Twitter na manhã desta quarta-feira (1), após ter adotado tom moderado em pronunciamento na terça à noite, que foi acompanhado por panelaços por todo o País durante sua fala.
O dólar segue em alta ante o real, alinhado à valorização registrada no exterior. Pesam no sentimento dos investidores a perspectiva de disparada do coronavírus nos EUA nas próximas semanas e a nova subida de tom do presidente Jair Bolsonaro contra governadores e prefeitos no Twitter na manhã desta quarta-feira (1), após ter adotado tom moderado em pronunciamento na terça à noite, que foi acompanhado por panelaços por todo o País durante sua fala.
Às 9h36min, o dólar comercial subia 0,83%, a R$ 5,2385.
Além disso, o bate-boca entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, reforça o mau humor interno com a lentidão do governo em pagar o auxílio de R$ 600 a informais, titulares de contratos intermitentes e microempreendedores individuais, e também viabilizar o repasse do crédito de R$ 40 bilhões prometido para a folha salarial de pequenos e médios comerciantes.
Bolsonaro volta a criticar medidas restritivas para comércio e circulação de pessoas na rede social. Ele publicou um vídeo de um homem que apontava o desabastecimento no Ceasa, em Belo Horizonte, dizendo que "a culpa é dos governadores", que, segundo ele, querem "ganhar nome e projeção política a custa do sofrimento da população".
Está no radar ainda a ameaça de um dos líderes dos caminhoneiros, Wallace Landim, de que a categoria deve parar, caso os governadores não recuem nas medidas preventivas para conter o novo coronavírus nos Estados, o que pode piorar o quadro de recessão esperada no País.
Também repercute no câmbio, a entrevista do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, à CNN Brasil, na terça à noite. Ele reafirmou que o câmbio é flutuante, que não é interessante para a autarquia defender um nível para o dólar, e que a Selic (a taxa básica de juros) é um instrumento para a política monetária.
Campos Neto lembrou que, atualmente, o BC tem um arsenal "muito grande" para atuar no mercado de câmbio, quando necessário, além de uma linha de US$ 60 bilhões com o Federal Reserve (Fed, o banco central americano). "Desde o dia 21 de fevereiro (quando a pandemia do novo coronavírus se intensificou), o real tem oscilado conforme moedas de países emergentes", acrescentou, sem mencionar influências de ruídos políticos internos. Neste 1 de abril, o BC começa a rolagem integral dos contratos de swap a vencer em 4 de maio de 2020, às 11h30min.
Os dados fracos da produção industrial do País em fevereiro já eram esperados e ficam em segundo plano, de acordo com um operador do mercado, uma vez que há maior expectativa pelo dado de março, que poderá refletir o impacto do isolamento social na economia interna por causa do coronavírus.
Nos Estados Unidos, o corte de 27 mil empregos pelo setor privado em março ficou bem abaixo da previsão (-125 mil), elevando expectativas pelo relatório payroll na sexta-feira, que inclui também os dados do setor publico. Ainda assim, os futuros de Nova Iorque sustentam quedas ao redor de 3% e o dólar segue firme ante divisas pares e emergentes ligadas a commodities.
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