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Economia

- Publicada em 16 de Março de 2020 às 17:57

Chuva traz alívio, mas não resolve estiagem no Rio Grande do Sul

Conforme especialista, precipitações não compensam o déficit hídrico do verão

Conforme especialista, precipitações não compensam o déficit hídrico do verão


Prefeitura de Vale Verde/Divulgação/JC
Marcelo Beledeli
A chuva que chegou ao Estado nesta segunda-feira (16) deve ajudar - mas não resolver - os problemas causados nas lavouras pela estiagem no Rio Grande do Sul. Embora as precipitações previstas para esta semana possam ajudar a recuperar algumas plantações, algumas perdas já são irreversíveis e, além disso, o alívio deve ser passageiro.
A chuva que chegou ao Estado nesta segunda-feira (16) deve ajudar - mas não resolver - os problemas causados nas lavouras pela estiagem no Rio Grande do Sul. Embora as precipitações previstas para esta semana possam ajudar a recuperar algumas plantações, algumas perdas já são irreversíveis e, além disso, o alívio deve ser passageiro.
De acordo com a meteorologista Estael Sias, da MetSul, com a chegada de um sistema de baixa pressão, novas chuvas com precipitações de 50 a 80 mm devem ocorrer no Estado, especialmente na Metade Sul, entre quarta e quinta-feira. No entanto, essas precipitações não compensam o déficit hídrico do verão, que varia de 300 a 350 mm. “Tem perdas que são definitivas, que não adianta nem chover. Em outros locais, ajudará a atenuar, mas não reverte a estiagem”, aponta.
Segundo as últimas estimativas da Emater, divulgadas na semana passada, a soja apresenta uma queda de 32,3% na produtividade em relação às previsões iniciais de antes do plantio, passando de 3.315 quilos/hectare para 2.245 quilos/hectare. Já no milho a redução é de 26,35, de 7.710 quilos/hectare para 5.679 quilos/hectare.
Além disso, de acordo com o último boletim da Defesa Civil, 176 municípios no Estado decretaram situação de emergência no Estado devido à estiagem. Nesta semana, eram previstas reuniões no Ministério da Agricultura, em Brasília, para debater os encaminhamentos de pedidos do governo do Estado, bancada gaúcha e entidades representativas do agronegócio para minimizar os prejuízos sofridos pelos produtores. Entretanto, os encontros presenciais foram cancelados devido às medidas para conter o surto de coronavírus, e serão realizados em formato de teleconferência.
Para o diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri, as últimas chuvas foram uma “benção” para as lavouras. “O que precisamos agora é interromper a estiagem. A combinação de déficit hídrico, temperaturas altas e baixa umidade é terrível tanto para as lavouras quanto para a pecuária, que também vinha sendo afetada. Com a ocorrência da chuva, as áreas em desenvolvimento devem se restabelecer”, afirmou. Segundo Rugeri, a Emater deverá ter uma noção melhor da reação das lavouras às precipitações recentes até quinta-feira, quando será publicado o Informativo Conjuntural desta semana.
Entretanto, os produtores não devem ter uma trégua do clima tão cedo. Segundo a Metsul, depois das precipitações esperadas para quinta-feira, são previstas chuvas no Rio Grande do Sul apenas no dia 27 de março. A situação só deve melhorar em abril, quando devemos ter mais ter mais dias com possibilidade de chuvas. Além disso, a chegada do outono, que começa na sexta-feira, deve trazer temperaturas mais amena, o que pode aliviar um pouco a estiagem”, diz Estael Sias.
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