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Logística

- Publicada em 12 de Março de 2020 às 03:00

Tecon projeta pouco impacto com coronavírus

Bertinetti diz que estão ocorrendo cancelamentos de escalas de navios para a Ásia

Bertinetti diz que estão ocorrendo cancelamentos de escalas de navios para a Ásia


MARCO QUINTANA/JC
Se a questão do coronavírus não se estender e chegar até a segunda metade do ano, como espera o diretor-presidente do Terminal de Contêineres (Tecon) Rio Grande, Paulo Bertinetti, haverá uma retomada da economia e o complexo deverá fechar 2020 com uma movimentação semelhante à de 2019, quando operou em torno de 693 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). No entanto, o dirigente admite que devido ao vírus haverá problemas quanto à logística dos contêineres vazios.
Se a questão do coronavírus não se estender e chegar até a segunda metade do ano, como espera o diretor-presidente do Terminal de Contêineres (Tecon) Rio Grande, Paulo Bertinetti, haverá uma retomada da economia e o complexo deverá fechar 2020 com uma movimentação semelhante à de 2019, quando operou em torno de 693 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). No entanto, o dirigente admite que devido ao vírus haverá problemas quanto à logística dos contêineres vazios.
Bertinetti explica que já estão ocorrendo cancelamentos de escalas de navios para a Ásia, principalmente para a China, por causa da dificuldade de captar cargas naquela região com as dificuldades de produção ocasionadas pelo coronavírus. Com isso, as embarcações que iam para lá e traziam contêineres vazios para o Tecon Rio Grande e outros terminais para movimentar cargas, acabam não prestando esse serviço.
O dirigente comenta que a falta de contêineres não é algo novo, mas normalmente essa situação acontece de forma pontual em algum terminal específico, porém agora a tendência é que essa escassez seja enfrentada de uma forma generalizada entre os portos. Por enquanto, o funcionamento do Tecon segue normal, frisa Bertinetti, o problema com a lacuna da chegada dos contêineres vazios deve ser percebido mais intensamente a partir do próximo mês. Um cuidado tomado pelos trabalhadores do terminal é utilizarem máscaras ao embarcar em um navio que atraque no porto. A companhia conta atualmente com cerca de 900 colaboradores.
Já sobre os possíveis reflexos da estiagem pela qual passa o Rio Grande do Sul na operação do terminal de Rio Grande, o dirigente recorda que a principal carga agrícola movimentada pelo Tecon é o arroz, que por ser uma cultura irrigada não deve ser tão afetada. Esse produto tem contribuído para abrir novas oportunidades para a empresa. Desde novembro, a exportação desse cereal para o México tem aumentado a partir do terminal gaúcho, por exemplo. Uma ação inédita foi o primeiro embarque de cargas reefer (contêiner refrigerado) de carne bovina vinda do Uruguai, que aconteceu em dezembro. A perspectiva é que mais operações dessa natureza ocorram neste ano.
Outra novidade do Tecon Rio Grande será a maior aproximação com o nome Wilson Sons, a controladora da empresa. A imagem do grupo, por exemplo, substituirá a logomarca atual do Tecon Rio Grande, fortalecendo a marca Wilson Sons. "Será uma única companhia, com várias unidades de negócios", resume Bertinetti. Essa decisão será comunicada oficialmente ao mercado no próximo dia 17. Com a estratégia, o Contêineres Terminal Santa Clara (Contesc), que fica em Triunfo e atua integrado ao Tecon Rio Grande, passará a se chamar simplesmente de Tecon Santa Clara, outra unidade da Wilson Sons. A estrutura da região Metropolitana movimentou aproximadamente 46 mil TEUs no ano passado e a expectativa é passar do patamar de 50 mil TEUs em 2020, mesmo com as dificuldades de mercado apresentadas pela economia atualmente.
 

Dragagem do porto será entregue amanhã

Nesta sexta-feira (13) será feita a entrega da obra de dragagem do porto de Rio Grande. Com a iniciativa, o calado deverá passar de 12,8 metros para 14,5 metros. Porém, a nova profundidade dependerá ainda da homologação da Marinha. São esperados para o acontecimento o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, o Secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni e Silva, o governador Eduardo Leite e o superintendente dos Portos do Rio Grande do Sul, Fernando Estima.
O contrato original da dragagem foi assinado em julho de 2015 e projetava remover em torno de 18 milhões de metros cúbicos de sedimentos. O consórcio vencedor da disputa para realizar o empreendimento foi formado pelas empresas Jan de Nul do Brasil e Dragabrás, que fecharam na época o acordo por R$ 368,6 milhões (dinheiro proveniente do governo federal). Na sexta-feira também será realizada, em Turuçu, a cerimônia de liberação de 22 quilômetros de duplicação da rodovia BR-116 e da assinatura da ordem de serviço para melhorias operacionais da rodovia BR-116 Norte.