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comércio exterior

- Publicada em 12 de Março de 2020 às 03:00

Exportações da indústria recuam 29% no Estado

Celulose teve um recuo de 29,9% no total comercializado

Celulose teve um recuo de 29,9% no total comercializado


MARCELO G. RIBEIRO/arquivo/JC
As exportações industriais atingiram US$ 1,6 bilhão no primeiro bimestre de 2020, com queda de 29% em relação ao mesmo período de 2019. A forte retração, porém, ainda não parece ter forte relação com o surto de coronavírus, que começou na China, o maior comprador do Estado.
As exportações industriais atingiram US$ 1,6 bilhão no primeiro bimestre de 2020, com queda de 29% em relação ao mesmo período de 2019. A forte retração, porém, ainda não parece ter forte relação com o surto de coronavírus, que começou na China, o maior comprador do Estado.
Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), a influência maior pela redução de 57,9% nas vendas para os chineses no acumulado do primeiro bimestre de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado, se deu pelos embarques antecipados de tabaco entre agosto e novembro de 2019. Excluídas as vendas de tabaco, a diminuição para o país asiático é de 38,7%.
Outros fatores explicam essa redução nas vendas externas do Rio Grande do Sul para a China no período. Embora Alimentos, setor gaúcho com maior volume de embarques tenha ampliado 397,3% suas exportações no mês e 504% no acumulado de 2020 na comparação com o mesmo período do ano anterior, o segundo setor em volume de exportações para os chineses caiu fortemente. Celulose teve um recuo de 29,9% no total exportado, explicado em parte pelos preços mais baixos. No ano, a quantidade exportada retraiu 67,7%, enquanto os preços, 21,3%.
Os efeitos do coronavírus talvez tenham afetado mais as importações gaúchas, por conta da interrupção das cadeias de suprimentos. As compras de insumos e produtos da China caíram 17,7% no mês. A retração foi mais intensa nos Bens intermediários (-20,7%) e de Consumo (-12,1%), enquanto Bens de capital sofreu menos (-10,4%). Os itens com queda mais acentuada foram Rolamentos e engrenagens (-35,1%), seguidos de Partes e peças para veículos automotores (-23,5%). De acordo com a Fiergs, a eventual falta desses produtos tem o potencial de diminuir ou até paralisar linhas de produção no Estado, mas a extensão desse impacto vai depender da velocidade de normalização do fornecimento nas próximas semanas.
Apesar do recuo grande das exportações industriais no acumulado do ano, o resultado carrega, além da redução das compras da China, o desempenho muito ruim de janeiro, quando caíram 39,7%. No período, os menores embarques da indústria foram para China (-57,9%) e EUA (-28,3%). Como consequência, no acumulado do ano, os setores com maiores quedas são Químicos (-28%) e Tabaco (-38,8%).
As exportações da indústria gaúcha totalizaram US$ 822,2 milhões em fevereiro, queda de 15,8% em relação ao mesmo mês de 2019 (US$ 976 milhões). A análise por setores de atividade econômica mostra que, dos 23 segmentos da indústria de transformação que tiveram algum embarque para outros países no segundo mês do ano, 17 caíram na comparação com o mesmo mês de 2019.
Destaque para Tabaco (-29,3%) e Químicos (-35,7%). O setor de Químicos sofre com a queda de 69,1% dos embarques para os Estados Unidos. Alimentos registraram nova alta, porém desaceleraram, crescendo 8,3%, a oitava variação positiva consecutiva sob a comparação mensal. Os grupos de Carne de frango in natura (69,6%) e de Carne de suíno in natura (71,3%) seguem como destaques.
Já nas importações, o Estado adquiriu US$ 454,4 milhões em mercadorias, com retração de 45,4% ante fevereiro do ano passado. No acumulado do ano, o RS importou US$ 1,1 bilhão, diminuição de 29,8% em relação a 2019.

Comitiva gaúcha prepara missão à Argentina

corrente de comércio entre Rio Grande do Sul e Argentina superou os US$ 2,86 bilhões em 2019

corrente de comércio entre Rio Grande do Sul e Argentina superou os US$ 2,86 bilhões em 2019


TECON/DIVULGAÇÃO/JC
Uma comitiva gaúcha está em Buenos Aires participando de encontros institucionais, empresariais e governamentais com autoridades e especialistas argentinos. Participam o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Porcello Petry, e o presidente do Conselho Empresarial Brasil-Argentina (Cembrar), José Antônio Martins, além de outros líderes industriais e representantes do governo do Estado e da Assembleia Legislativa.
A programação na capital argentina busca compreender o atual cenário político e econômico naquele país a fim de preparar uma missão empresarial e governamental do Rio Grande do Sul no segundo semestre de 2020. A agenda desta quarta-feira teve uma reunião com o embaixador do Brasil na Argentina, Sérgio França Danese, em almoço na sede da embaixada, além de encontros na União Industrial Argentina (UIA) e na Câmara de Importadores da Argentina (Cira).
A corrente de comércio entre Rio Grande do Sul e Argentina superou os US$ 2,86 bilhões em 2019, uma redução superior a 17% na comparação com 2018. As exportações do Rio Grande do Sul para aquele país caíram 35,56% e as importações recuaram 3,36%.