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Economia

- Publicada em 15 de Fevereiro de 2020 às 19:16

Porto Alegre ganha armazém de orgânicos e produtos de agricultura familiar

Ponto de venda com a fachada amarela une produtos, café e proposta de oficinas e encontros

Ponto de venda com a fachada amarela une produtos, café e proposta de oficinas e encontros


MARCO QUINTANA/JC
Osni Machado
Não tem como passar despercebido o ponto de venda da Cooperativa GiraSol, inaugurado no começo de fevereiro na avenida Venâncio Aires, 757, no bairro Santana em Porto Alegre. A fachada amarela é um convite para conferir o que tem na parte interna. O Armazém GiraSol une conceitos de comércio justo e consumo sustentável e itens oriundos da agricultura familiar, reforma agrária e economia solidária. O nome sintetizou a proposta: Girar Solidariedade.
Não tem como passar despercebido o ponto de venda da Cooperativa GiraSol, inaugurado no começo de fevereiro na avenida Venâncio Aires, 757, no bairro Santana em Porto Alegre. A fachada amarela é um convite para conferir o que tem na parte interna. O Armazém GiraSol une conceitos de comércio justo e consumo sustentável e itens oriundos da agricultura familiar, reforma agrária e economia solidária. O nome sintetizou a proposta: Girar Solidariedade.
São bebidas e alimentos orgânicos que ampliam a oferta dos produtos e reforçam uma das marcas da região porto-alegrense, berço das primeiras feiras ecológicas do Brasil. A Feira dos Agricultores Ecologistas (FAE), que ocorre na rua José Bonifácio, no vizinho bairro Bom Fim, aos sábados, completou 30 anos em 2019 e foi a primeira no País. A feira deixou de usar sacolas plásticas, para reduzir os resíduos.
O Armazém GiraSol surgiu de um convênio entre a cooperativa, a Fundação Banco do Brasil e a ONU Mulheres. De acordo com Tanara Lucas, coordenadora-executiva do Projeto Mulheres Rurais em Rede: Agroecologia, Autonomia Econômica e Autogestão Solidária, o ponto é uma das iniciativas contempladas.
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Tanara contra que ponto surgiu depois de experiências de comercialização até pela internet. Fotos: Marco Quintana/JC
Tanara lembra que a cooperativa foi fundada em 2006 e permaneceu aberta até 2011, quando fechou as portas para reabrir em 2016. Ela detalha que a GiraSol operava no sistema de compra programada com pedidos via internet e que as pessoas retiravam as mercadorias na cooperativa. Primeiro, isso ocorria em dois dias da semana e depois passou a ser apenas nas quartas-feiras.
“Nos últimos tempos, implantamos um serviço de telentrega, pelo qual o cliente podia pegar os produtos na sede da cooperativa ou optar em recebê-los em casa. Era um modelo de compra que tinha seus limites, até porque estávamos em um local que não tinha muita estrutura em termos de espaço”, descreve a coordenadora. O desejo dos cooperados era de ter um espaço com “as portas para a rua”.
Foi aí que surgiu a possibilidade de montar o Armazém GiraSol, por meio do Projeto Mulheres Rurais em Rede. A ideia foi aprovada em junho de 2019. Tanara diz que a partir do recurso, a equipe foi estruturada. O Armazém GiraSol é uma das estruturas contempladas pelo projeto que abrange três estados. Além do Rio Grande do Sul, Paraná e Rio de Janeiro têm projetos.
O Armazém GiraSol não é simplesmente um espaço para venda de mercadorias. No local, estreou o Café do Armazém. Em março, começarão atividades como rodas de conversa e oficinas voltadas ao processo de reeducação no consumo de produtos orgânicos e naturais.
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Guimarães mora na zona sul da Capital e faz questão de fazer compras no armazém no bairro Santana 
O policial aposentado Luiz Antônio Brenner Guimarães que mora no bairro Cavalhada, zona sul da Capital, é cliente antigo da cooperativa e já começou a frequentar o armazém para suprir as demandas de produtos orgânicos e integrais. “É outro tipo de produto, que tem outra qualidade na alimentação e na saúde. Venho regulamente comprar aqui”, diz Guimarães.
A coordenadora-executiva do projeto cita que 18 empreendimentos foram contemplados, entre agricultura familiar, assentamentos de reforma agrária, economia solitária e unidades quilombolas. “Estão previstos encontros de formação e também na estruturação de outros armazéns."
Dos 18 empreendimentos, nove receberam recursos para aumentar a produção com aquisição de equipamentos (cilindros para massas, refrigeradores embaladores a vácuo, entre outros) para a produção. Tanara chama a atenção para a participação das mulheres, que são centrais nos projetos. Ela explica que o objetivo maior é apoiar e valorizar o trabalho feminino no campo, com fortalecimento do escoamento das produções e na ampliação e geração de renda.
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Nas instalações, clientes encontram produtos da estação oriundos da agricultura familiar
A GiraSol faz parte de uma rede de comercialização nacional, que se chama Rede de Economia Solidária e Feminista (Resf) que reúne Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Pará, Distrito Federal, Goiás e Bahia.
Além dos empreendimentos contemplados pelo projeto, também existem outros. A Cooperativa GiraSol tem uma rede de fornecimento com agroindústrias familiares, grupos da agricultura familiar e produtores avulsos.
Tanara comenta também que a oferta de produtos no local ocorrerá apenas da safra, respeitando a sazonalidade. Um exemplo: quando não for safra de cebola, não haverá o hortigranjeiro para a venda. 
Para o futuro, o trabalho será ficado em estruturar o negócio para que se mantenha sozinho. O projeto com a Fundação Banco do Brasil e a ONU Mulheres vai até o final deste ano. O convênio pode ser renovado.
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