Novos mercados para o setor orizícola brasileiro estarão no centro dos debates da 30ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, que acontece na Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão, de 12 a 14 de fevereiro. A programação e expectativa para o evento foi apresentada nesta terça-feira (28), em coletiva de imprensa.
"Em março participaremos de uma feira do setor alimentício, em Gualadajara, no México, estreitando relacionamento com empresas interessadas no arroz gaúcho", adiantou o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho. O dirigente reforçou que o principal concorrente brasileiro no mercado mexicano é os Estados Unidos, que entrega em torno de 800 mil toneladas, por ano, para aquele país. "Os norte-americanos fazem o envio por meio trem, porém produzem cereal híbrido, de menor qualidade se comparado ao nosso", complementa.
"Não podemos perder esta oportunidade. O câmbio nos trouxe competitividade, além da redução da safra nos EUA e a seca no México", afirmou. Velho também salientou que a Federarroz está atenta a possíveis negócios no Panamá e Guatemala. "A busca por novos mercados vai continuar", complementou.
A expectativa para esta edição da abertura da colheita é de atrair em torno de 7 mil participantes. Conhecimento técnico, tecnologias e soluções para tornar o negócio mais rentável estarão em pauta no evento, que este ano tem como tema Intensificação para Sustentabilidade. Os visitantes contarão com roteiro pelas vitrines tecnológicas, fórum técnico e de mercado e feira e dinâmica de equipamentos.
Cerca de 140 municípios gaúchos possuem como principal atividade econômica o cultivo do arroz e a prática da cultura é responsável pela geração de 20 mil empregos diretos. Este ano, os produtores foram responsáveis por 940 mil hectares de área plantada e que deve chegar a 7,5 mil quilos de produtividade.
Segundo Velho, 6 mil produtores e suas famílias dependem do cultivo do cereal no Estado. "Temos que, cada vez mais, buscar alternativas, soluções e ter melhor gestão dos negócios", afirmou, apontando a soja como opção para a redução de custos e aumento na fertilidade de solo.