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Economia

- Publicada em 28 de Janeiro de 2020 às 21:34

Produção de veículos sobe 73,2% no Rio Grande do Sul em 2019

Luiz Carlos Moraes diz que resultado foi puxado pela GM de Gravataí

Luiz Carlos Moraes diz que resultado foi puxado pela GM de Gravataí


LUIZA PRADO/JC
Jefferson Klein
A melhora da economia refletiu positivamente no mercado brasileiro de veículos, mas foi particularmente expressiva para as empresas gaúchas. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em 2018, o Estado produziu 183 mil veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus), o que representou 6,3% do total do Brasil. Já no ano passado, esse patamar saltou para 317 mil unidades, o que significou um crescimento de 73,2% e levou o Rio Grande do Sul a uma participação de 10,7% no resultado do País.
A melhora da economia refletiu positivamente no mercado brasileiro de veículos, mas foi particularmente expressiva para as empresas gaúchas. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em 2018, o Estado produziu 183 mil veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus), o que representou 6,3% do total do Brasil. Já no ano passado, esse patamar saltou para 317 mil unidades, o que significou um crescimento de 73,2% e levou o Rio Grande do Sul a uma participação de 10,7% no resultado do País.
O presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, frisa que o Rio Grande do Sul foi o estado que mais contribuiu para o incremento da produção nacional de veículos em 2019. O dirigente argumenta que o resultado foi puxado pela fábrica da GM, em Gravataí (o automóvel Onix, produzido ali, é líder de mercado). Além da GM, são associadas à Anfavea as companhias AGCO, Agrale e John Deere, que possuem fábricas no Estado.
Desde 2017, de acordo com a associação, foram anunciados pelas montadoras R$ 2,1 bilhões em investimentos no Estado. Ainda no Rio Grande do Sul, foram licenciados 154 mil veículos novos no ano passado (participação de 5,5% do geral no País), contra 151 mil no período anterior. Já as exportações, como no restante do Brasil, caíram, saindo de 57 mil unidades, em 2018, para 39 mil no ano passado. O montante das exportações gaúchas desse setor foi de US$ 1,3 bilhão em 2019, 13,3% do total do Brasil.
O País registrou, no ano passado, cerca de 2,79 milhões veículos emplacados (em 2018, foram 2,57 milhões), e a perspectiva é chegar a 3,05 milhões em 2020, um incremento de 9,4%. Contudo, Moraes recorda que o resultado será abaixo do recorde da indústria, que foi de 3,8 milhões unidades, em 2012. O segmento ainda tem espaço para se desenvolver, já que a capacidade de produção no Brasil é de cerca de 5 milhões de carros anuais.
Em percentual, Moraes projeta que a área que mais crescerá em 2020 será a de pesados. A expectativa é de que o mercado de caminhões poderá atingir em torno de 120 mil veículos emplacados no Brasil, uma elevação de cerca de 18% em relação a 2019. Já quanto aos ônibus, deverão ser comercializadas em torno de 23 mil unidades. O dirigente salienta que as vendas estão subindo no mercado interno, porém falta as exportações acompanharem esse desempenho. Muito do mercado externo foi afetado devido à crise econômica que sofre a Argentina (que absorve de 60% a 70% das exportações de veículos provenientes do Brasil). Depois do país vizinho, as vendas externas são pulverizadas para nações como Colômbia, Peru, Chile, México, entre outras.
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O valor das exportações no ano passado atingiu o patamar de US$ 9,8 bilhões, contra US$ 14,5 bilhões em 2018, uma queda de 32,6%. Em número de veículos, as exportações em 2019 foram de 428,2 mil unidades, contra 629,2 mil no período anterior, uma redução de 31,9%. Para 2020, a projeção é de uma nova queda, algo em torno de 11%, fechando o período com a venda de 381 mil veículos. Assim como os problemas na Argentina, o presidente da Anfavea cita a dificuldade da competitividade brasileira no exterior. Conforme o executivo, o custo de produção de um veículo no México, por exemplo, é em torno de 18% menor do que no Brasil.
Sobre o segmento de carros elétricos e híbridos, Moraes destaca que todas as montadoras estão começando a trazer modelos dessa natureza e testando o mercado nacional. No entanto, ele comenta que ainda é um número pequeno perto de alguns países da Europa, até por questões de custos. O dirigente projeta que a maior divulgação do produto para o público fará com que esse setor ganhe mais volume nos próximos anos.
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