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Tecnologia

- Publicada em 27 de Janeiro de 2020 às 03:00

Thyssenkrupp pesquisa o futuro no Tecnopuc

Roth diz que foco está em pensar no elevador com tecnologias como reconhecimento facial

Roth diz que foco está em pensar no elevador com tecnologias como reconhecimento facial


NÍCOLAS CHIDEM/JC
No prédio 99 do Parque Científico e Tecnológico da Pucrs (Tecnopuc), a Thyssenkrupp Elevadores mantém o seu QG da inovação. Ali está instalado o Research Innovation Center (RIC), um dos quatro da empresa espalhados pelo mundo - os outros estão nos Estados Unidos, na Espanha e na Alemanha. O foco? Pensar e projetar o elevador do futuro.
No prédio 99 do Parque Científico e Tecnológico da Pucrs (Tecnopuc), a Thyssenkrupp Elevadores mantém o seu QG da inovação. Ali está instalado o Research Innovation Center (RIC), um dos quatro da empresa espalhados pelo mundo - os outros estão nos Estados Unidos, na Espanha e na Alemanha. O foco? Pensar e projetar o elevador do futuro.
"Cada um dos centros tem uma temática específica. A nossa missão aqui é ajuda a criar experiências diferenciadas das pessoas com o elevador, fazendo com que não seja apenas um deslocamento entre pavimentos, mas um momento legal, em um ambiente de interatividade", aponta o responsável pelo RIC, Sergio Roth. 
Nesse sentido, uma das direções é a da personalização. Os projetos que estão sendo criados passam, por exemplo, pelo reconhecimento facial e, a partir disso, pela escolha de perfis de preferência de cada pessoa. A ideia é que, no futuro, o usuário faça o seu registro, colocando seu estilo de música e conteúdos. Ao entrar no elevador, uma câmera irá identificá-lo e, ao reconhecer, disponibilizará os conteúdos mais relevantes.
Mas e se tiver mais de uma pessoa naquele momento no elevador? "O sistema será inteligente, de forma que poderá identificar, entre os perfis que estão ali, temas comuns entre eles, com mais chances de agradar a todos", explica.
Outra linha de pesquisa no RIC é a dos sistemas regenerativos de energia, pelo qual o prédio recebe parte da energia devolvida pelo motor de tração do elevador quando ele sobe com a cabina abaixo da metade da sua capacidade ou quando desce com acomodação superior a 50%. Isso porque, ao descer, o próprio peso das pessoas colabora para o movimento, então é possível aproveitar parte da energia e jogar de volta na rede. A empresa já tem dois elevadores com essa tecnologia sendo utilizados no próprio prédio do Tecnopuc. "A economia de energia é de 4% com esse sistema regenerativo", diz Roth.
O que é pensado e criado no RIC está sempre sendo apresentado para a operação da empresa em outros países, como Estados Unidos e Alemanha, por exemplo. "Queremos ser a semente para desenvolver novas tecnologias e mostrar os caminhos. Estar no Tecnopuc é a possibilidade de pensar nas soluções não apenas com a cabeça de engenheiros, mas trazendo outros profissionais e incluir os usuários já nas etapas iniciais de desenvolvimento", destaca.
O RIC também atua como uma espécie de hub dentro da Thyssenkrupp, contribuindo para o desenvolvimento da inovação corporativa. Junto com uma consultoria especializada, a empresa trabalha, por exemplo, para aproximar as áreas de negócios como jurídico, financeiro e engenharia das startups. "A ideia é que todas os nossos setores sejam inovadores e mais eficientes, e que, assim, possamos prestar um atendimento cada vez melhor aos clientes. Não somos apenas desenvolvedores de tecnologia para elevador, mas fomentadores da cultura de inovação", analisa o responsável pelo Research Innovation Center.
A Thyssenkrupp Elevadores é uma das maiores fabricantes de tecnologias de elevação do País. O parque fabril e a matriz estão instalados em Guaíba, onde a empresa emprega cerca de 4 mil pessoas. Apesar de ter sua marca muito relacionada ao mercado de elevadores, escadas rolantes e plataformas de embarque de aeroportos, a empresa quer se posicionar como um player de mobilidade com uma oferta mais ampla.
Estão no rol dos produtos, por exemplo, uma cadeira que permite colocar pessoas com dificuldade de locomoção dentro da piscina e dos robôs assistentes, projeto desenvolvido em parceria com um fornecedor e que já está disponível no mercado americano. O robô é capaz de se locomover pelos prédios e pegar café para uma pessoa, ou, em um hotel, entregar uma toalha de banho extra solicitada por um hospede. Para facilitar essas entregas automatizadas, ele se comunica com os elevadores da marca. Já no Centro de Inovação em Gijón, na Espanha, está em testes o uso de veículos autônomos, que, no futuro, levarão as peças de reposição aos técnicos de manutenção.
 

Multi é o primeiro elevador sem cabos do mundo

Equipamento pode se locomover tanto na vertical quanto na horizontal

Equipamento pode se locomover tanto na vertical quanto na horizontal


/THYSSENKRUPP/DIVULGAÇÃO/JC
Um dos projetos mais revolucionários em elevadores do mercado está sendo desenvolvido pela Thyssenkrupp na Alemanha. É o Multi, o primeiro elevador sem cabos do mundo. Ele roda em um sistema de freio com vários níveis redundantes, dados sem fio e gerenciamento de energia nas cabinas.
A solução permite que o elevador se locomova na vertical e na horizontal, abrindo caminho para projetos arquitetônicos diferenciados e para novas alternativas em grandes cidades. O Multi pode atingir uma capacidade de transporte até 50% maior e reduzir a demanda máxima de energia em até 60% quando comparados ao elevador convencional. O sistema ainda requer menor espaço do que os elevadores convencionais e pode aumentar a área útil do edifício em até 25%, disponibilizando espaços adicionais nas obras.
O Multi já está instalado na torre de teste de 246 metros em Rottweil, sede do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Thyssenkrupp na Alemanha. "Até 2021, devemos estar com ele em vias de ser comercializado", comenta Roth.