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Consumo

- Publicada em 17 de Janeiro de 2020 às 03:00

Ano de 2019 termina com 61 milhões de inadimplentes

Número de dívidas caiu 3,3% em relação ao ano anterior

Número de dívidas caiu 3,3% em relação ao ano anterior


/MARCOS SANTOS/USP IMAGENS/DIVULGAÇÃO/JC
O ano começou no vermelho para 61 milhões de brasileiros. Esse é o número de pessoas que terminaram 2019 inadimplentes e com o CPF restrito para contratar crédito, segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
O ano começou no vermelho para 61 milhões de brasileiros. Esse é o número de pessoas que terminaram 2019 inadimplentes e com o CPF restrito para contratar crédito, segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Segundo o levantamento, o número de dívidas teve recuo maior, de 3,3%, em relação a 2018. Caíram, sobretudo, os débitos com o setor de comunicação (-16,4%), que engloba telefonia, internet e TV por assinatura, e as dívidas bancárias (-1,9%), como cheque especial, cartão de crédito e empréstimos. Por outro lado, subiram dívidas contraídas no comércio, via crediário ( 0,9%) e os débitos básicos com água e lux ( 2,1%).
A queda foi impulsionada, de acordo com a CNDL, por uma melhora gradual na conjuntura econômica e por ações pontuais como a liberação de recursos do FGTS e mutirões de negociação de dívidas. A expectativa, aponta a confederação, é de que o número de inadimplentes continue em queda, mas a passos lentos.
"A aceleração desse quadro passa pela continuidade da melhora econômica e, em especial, daquilo que toca diretamente o bolso do consumidor: emprego e renda", destaca o estudo. Em média, o consumidor inadimplente deve R$ 3.257,91. Segundo o levantamento, 52,8% têm dívidas de até R$ 1.000,00 e 47,2% possuem contas em atraso acima desse valor.
Por região, o Nordeste teve a queda mais acentuada no número de inadimplentes, 3,2% na comparação com 2018. No Sudeste, o recuo foi de 0,7%. No Norte e no Centro-Oeste, houve avanço dos devedores, de 4,8% e 3,8%, respectivamente. O estudo aponta ainda que, enquanto a inadimplência caiu 21% na faixa entre 18 e 39 anos, mas cresceu entre 3,7% entre os idosos, de 65 a 84 anos.

Recuperação do crédito recua 2,7% em 2019, revela Boa Vista

Resgate de recursos do FGTS ajudou na quitação de dívidas em 2019

Resgate de recursos do FGTS ajudou na quitação de dívidas em 2019


/YASUYOSHI CHIBA/AFP/JC
O indicador de recuperação de crédito da Boa Vista fechou o ano de 2019 em queda de 2,7% na comparação com 2018, informou nesta quinta-feira, 16, a empresa. O número é obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes da base da companhia.
Na comparação anual, apenas a região Norte teve recuperação do crédito, de 2,2%. Na outra ponta está a Região Sul, com queda de 7,5% no indicador, seguida de Centro-Oeste (-3,0%), Nordeste (-2,2%) e Sudeste (-1,9%).
Em dezembro, por outro lado, a recuperação de crédito atingiu 4,8% na margem, na série com ajuste sazonal. Nesta base, todas as regiões do País mostraram avanço no indicador. Sul e Centro-Oeste dividiram o primeiro lugar, com alta de 6,2%, seguidos de Sudeste (5,6%), Norte (2,7%) e Nordeste (1,1%).
A Boa Vista enxerga nos dados um indicativo de dificuldade dos consumidores de reequilibrarem as finanças de forma mais consistente. "Entre os principais fatores por trás desta dificuldade, é possível apontar os elevados níveis de desocupação e subutilização da mão de obra e o fraco crescimento da renda", diz a empresa em nota.
Por outro lado, a comparação mensal mostra que o resgate de recursos do FGTS pode ter servido para quitar dívidas, já que os últimos quatro meses de 2019 mostraram alta do indicador na margem. "Favorece também o aumento da recuperação e a redução das taxas de juros", completa a Boa Vista.