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Aviação

- Publicada em 16 de Janeiro de 2020 às 01:31

Venda da TwoFlex não deve afetar clientes no Rio Grande do Sul

Azul anunciou compra da empresa por R$ 123 milhões

Azul anunciou compra da empresa por R$ 123 milhões


TWO FLEX/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Ainda que por tempo indeterminado, a parceria estabelecida com a Gol Linhas Aéreas por meio de voos regionais da TwoFlex em cidades com menos de 200 mil habitantes será mantida.
Ainda que por tempo indeterminado, a parceria estabelecida com a Gol Linhas Aéreas por meio de voos regionais da TwoFlex em cidades com menos de 200 mil habitantes será mantida.
A empresa sediada em Jundiaí (SP), que surgiu em 2013 a partir da união entre Two Táxi Aéreo e Flex Aero, será absorvida pela Azul Linhas Aéreas - até então sua rival em operações a partir de Porto Alegre para cidades do interior do Rio Grande do Sul. A negociação foi anunciada esta semana, quando a Azul fechou um acordo vinculante para adquirir a TwoFlex pelo valor de R$ 123 milhões.
Segundo a assessoria de imprensa da Gol - que mantém desde o ano passado uma parceria com a TwoFlex na operação de voos regionais - a companhia está buscando a melhor solução para clientes que já tinham passagens compradas. A Azul, por sua vez, também afirmou que "não deixaria os clientes sem voar, caso a parceria não seja honrada".
Terceira maior companhia aérea do País, com 30% da participação do mercado brasileiro, a Azul foi fundada em 2008 mirando rotas alternativas, e atualmente oferta 860 voos diários para 113 destinos. Parte do mercado doméstico e da presença nos principais aeroportos brasileiros é resultado da compra de US$ 105 milhões em ativos da Avianca, em 2019.
No primeiro trimestre do ano passado, a Azul registrou uma receita líquida de R$ 2,5 bilhões, crescimento de 16,0% comparado com o mesmo período de 2018, ao aumento de 15,3% na receita de transporte de passageiros e ao crescimento de 34,3% em outras receitas. Com a aquisição da TwoFlex, a Azul englobará à malha outros 36 novos destinos regionais (de um total de 39 atendidos pela empresa de serviços regionais).
Ao mesmo tempo que cresce em número de operações, a Azul amplia as opções para ligação entre as capitais paulista e fluminense, já que a TwoFlex obteve em setembro passado licenças da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para voos entre o aeroporto de Jacarepaguá, na Barra da Tijuca, e o terminal de Congonhas, com seis voos diários, três partindo de cada cidade.
A Two Flex tem 14 horários diários de partidas e chegadas na pista auxiliar de Congonhas. As operações de integração aérea da empresa por meio de rotas locais atendem 186 cidades (principalmente do Centro-Norte do País) alimentando grandes rotas nacionais, através de 18 aeronaves Cessna Grand Caravan (com capacidade para nove passageiros). O equipamento é apto a transportar também 1,5 toneladas de carga. A Two Flex também conta com 14 horários diários de partidas e chegadas na pista auxiliar de Congonhas, o principal terminal doméstico do País.

Empresa voa para seis cidades no Estado

No Rio Grande do Sul, a Two Flex voa para cidades (Rio Grande, Bagé, Santana do Livramento, São Borja, Santa Rosa e Passo Fundo) a partir de Porto Alegre. Nos últimos dez anos, a Azul liderou o desenvolvimento da aviação regional no Brasil, atendendo a mais de 100 destinos domésticos. As operações regionais no Estado ocorrem a partir da Capital para as cidades de Pelotas, Santa Maria, Uruguaiana e Santo Ângelo, com o ATR 72-600, que tem capacidade para 70 passageiros.
"Nosso objetivo é continuar levando serviço aéreo para novas e diversas partes do Brasil. As aeronaves Cessna Caravan serão a maneira mais adequada para alcançar cidades e comunidades menores", afirma o CEO da Companhia, John Rodgerson.
"A operação de carga da TwoFlex também será uma adição estratégica à Azul Cargo Express, pois poderá levar carga para cidades hoje não atendidas", completa. A assessoria de imprensa da empresa informa que a oferta permanece sujeita a condições como conclusão da auditoria, negociação de um contrato de compra e venda, e aprovações regulatórias por parte da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).