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Transportes

- Publicada em 12 de Janeiro de 2020 às 21:31

Frota de veículos elétricos deve dobrar em 2020

Pontos de abastecimento serão necessários para dar conta do aumento da frota de carros elétricos

Pontos de abastecimento serão necessários para dar conta do aumento da frota de carros elétricos


Fundação Certi/Divulgação/JC
Um produto novo pode gerar alguma desconfiança se terá sucesso no mercado ou não, principalmente quando seu preço inicial é elevado. Porém, quando o item em questão tem um forte apelo com o consumidor e o avanço tecnológico diminui seu custo, como se verificou com os celulares e a energia solar, é questão de tempo para que essa invenção se desenvolva. Atualmente, o que se enquadra nesse perfil, no Brasil, são os veículos elétricos, que devem dobrar a sua frota neste ano.
Um produto novo pode gerar alguma desconfiança se terá sucesso no mercado ou não, principalmente quando seu preço inicial é elevado. Porém, quando o item em questão tem um forte apelo com o consumidor e o avanço tecnológico diminui seu custo, como se verificou com os celulares e a energia solar, é questão de tempo para que essa invenção se desenvolva. Atualmente, o que se enquadra nesse perfil, no Brasil, são os veículos elétricos, que devem dobrar a sua frota neste ano.
Conforme dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o total de carros elétricos rodando no País hoje é um pouco mais de 20 mil. O presidente-executivo da entidade, Ricardo Guggisberg, projeta que 2020 será o "marco divisor de águas", com o segmento vendendo outras 20 mil unidades (entre automóveis leves e comerciais, elétricos puros e híbridos - que contam com um motor de combustão interna e outro a eletricidade).
O resultado também será praticamente o dobro do que deve fechar 2019 (de janeiro a novembro do ano passado, foram comercializados 9.438 veículos elétricos no País). O dirigente ressalta que o veículo elétrico é uma tendência mundial. Entre as vantagens desse tipo de automóvel em relação aos que usam combustíveis fósseis estão o menor impacto ambiental, redução da emissão de ruídos e um custo de combustível (eletricidade) mais acessível.
Guggisberg recorda que os países desenvolvidos iniciaram o processo de transição tendo entre os objetivos contribuir para descarbonizar o planeta com a substituição dos carros a combustível fóssil por elétricos. O presidente da ABVE detalha que o setor é dividido nos segmentos de levíssimos (como patinetes e bicicletas), leves (carros convencionais) e pesados (caminhões e ônibus). A área de levíssimos, ressalta o dirigente, teve um incremento exponencial em 2019.
Já o setor de leves ganhou benefícios que incentivaram essa área, como a redução do IPI (de 25% para, dependendo da categoria do veículo, 7% a 18%) e a isenção de imposto de importação sobre veículos puramente elétricos e híbridos, que, antes, era de 35%.
Apesar das diminuições na carga tributária, o elevado valor dos veículos elétricos ainda é um fator que precisa ser superado para popularizar o produto. "A gente entende que a diferença de preço ainda é um impeditivo bastante grande", admite Guggisberg.
Segundo ele, um automóvel de porte médio, hoje, custa em torno de R$ 50 mil a R$ 60 mil - o mesmo modelo, na versão elétrica, vale R$ 140 mil. O dirigente recorda, ainda, que, atualmente, com exceção do Corolla híbrido flex, da Toyota, não há produção de veículos elétricos no País.
Se, por um lado, o gasto com a aquisição do automóvel é alto, por outro, o custo da gasolina, por quilômetro rodado, é cerca de quatro vezes mais caro do que a eletricidade, aponta o presidente da ABVE. Quanto à autonomia e ao tempo de recarga, o dirigente diz que esses fatores dependem do modelo do carro.
Sobre a necessidade ou não de adaptações nas residências para fazer a recarga dos veículos, Guggisberg comenta que a situação varia conforme a performance desejada. "Se quiser um desempenho mais adequado, é bom colocar uma linha de entrega de energia para a carga do veículo", detalha.
Outro obstáculo a ser vencido, indica o presidente da ABVE, é a limitada quantidade de pontos de recargas no Brasil. Essa pauta será foco do trabalho da associação em 2020. No momento, a estimativa é que existam de 250 a 300 estações de recargas espalhadas pelo País.

Site mapeia 20 pontos públicos de recargas no Rio Grande do Sul

ParkShoppingCanoas é um dos pontos de recarga dos veículos na Região Metropolitana

ParkShoppingCanoas é um dos pontos de recarga dos veículos na Região Metropolitana


Carlos Eduardo Zanon/Divulgação/JC
De acordo com o site PlugShare.com, o Rio Grande do Sul possui 20 estações públicas para a realização de recargas de veículos elétricos: em Porto Alegre (11), em Caxias do Sul (dois) e em Canoas, Gravataí, Santa Cruz do Sul, Sertão Santana, Novo Hamburgo, Sapiranga e Gramado (um em cada). O número efetivo de estabelecimentos é ainda maior, pois há unidades que não foram mapeadas.
O BarraShoppingSul, em Porto Alegre, não consta no levantamento, mas o superintendente do empreendimento, Eduardo Vitagliano, recorda que o local possui ponto de recarga desde outubro de 2019. "Foi instalado com o objetivo de levar facilidade e comodidade aos clientes que possuem carro elétrico e que passam pela Zona Sul de Porto Alegre", destaca.
A estação conta com dois carregadores BMW do tipo 2, compatíveis com as marcas e modelos BMW i3, i8, BYD E6, Renault Zoe, Tesla Model S, híbrido plug-in Volvo V60, híbrido plug-in VW Golf, VW E-UP, Audi A3 E-TRON, plug-in Mercedes S500, Porsche Panamera e Renault Kangoo ZE.
As estações de recarga do BarraShoppingSul têm uso gratuito e ficam no estacionamento coberto, nível Jockey, portaria H. O tempo de recarga depende de modelo e marca. Em média, se um carro chega com 10% de bateria, leva três a quatro horas para carregar. Se chega com 20% ou 30% de bateria, leva menos tempo: duas horas.
O ParkShopping Canoas também oferece o serviço. Os carregadores são do mesmo tipo que os do BarraShoppingSul. No complexo de Canoas, os equipamentos estão localizados no estacionamento do piso L1, próximos à entrada I. As estações têm uso gratuito. 

Companhia realiza teste de mobilidade na Capital

A Beepbeep trabalha com modelos Renault Zoe e JAC iEV 40, com autonomia de 300 quilômetros

A Beepbeep trabalha com modelos Renault Zoe e JAC iEV 40, com autonomia de 300 quilômetros


NISSAN/DIVULGAÇÃO/JC
A empresa de compartilhamento de veículos elétricos Beepbeep começou, recentemente, a operar em Porto Alegre. O carro disponibilizado utiliza como estações de parada os postos Premium, na avenida Nilo Peçanha, e Ômega, na avenida Silva Só, ambos de bandeira Ipiranga.
O cofundador da Beepbeep, Fábio Fagionato, lembra que o lançamento ao público foi feito ao final de julho do ano passado, inicialmente atuando apenas em São Paulo. Em dezembro, estendeu a operação para São José dos Campos.
A Beepbeep trabalha com os modelos Renault Zoe e JAC iEV 40, que têm autonomia de 300 quilômetros e demoram duas horas para uma recarga completa. Atualmente, a empresa conta com uma frota total de 20 veículos elétricos - contudo, Fagionato adianta que mais 10 estão para chegar ainda em janeiro e, em meados deste ano, o número deve chegar a 100.
Para utilizar o serviço, é preciso baixar o aplicativo da Beepbeep e fazer o cadastro, sendo necessários o número do cartão de crédito, a carteira de habilitação e uma selfie. O valor cobrado pelo uso do veículo leva em conta o minuto utilizado e não há taxa de recarga. Fagionato adianta que também está sendo analisada a possibilidade de fazer outra experiência no Rio Grande do Sul, nas cidades de Canela e Gramado. Ainda estão nos planos futuros da companhia outras cidades brasileiras.