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Economia

- Publicada em 25 de Dezembro de 2019 às 21:15

B3 aposta na manutenção do crescimento de investidores

Ibovespa bateu sucessivos recordes ao longo de 2019, tendo ultrapassado a marca de 115 mil pontos

Ibovespa bateu sucessivos recordes ao longo de 2019, tendo ultrapassado a marca de 115 mil pontos


SUAMY BEYDOUN /AGIF/FOLHAPRESS/JC
Roberta Mello
Os brasileiros têm buscado rendimentos mais altos do que os obtidos na poupança e na renda fixa. O número de pessoas físicas operando produtos de renda variável saltou de 813,291 mil em 2018 para 1,590,652 milhão, conforme os dados mais recentes da Bolsa, divulgados em novembro.
Os brasileiros têm buscado rendimentos mais altos do que os obtidos na poupança e na renda fixa. O número de pessoas físicas operando produtos de renda variável saltou de 813,291 mil em 2018 para 1,590,652 milhão, conforme os dados mais recentes da Bolsa, divulgados em novembro.
Para Felipe Paiva, da B3, o crescimento do mercado de ações, de renda variável e da indústria de fundos não deve parar por aí. "Temos ainda mais de 19 milhões de pessoas com mais de R$ 5 mil na poupança que devem migrar. É uma questão de tempo", sentencia Paiva.
O Rio Grande do Sul é o quinto estado no ranking de maiores investidores, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. Ao todo, cerca de 90 mil gaúchos investem nesse mercado.
O desempenho do Índice Bovespa (Ibovespa), principal indicador de desempenho das ações negociadas na B3, reflete o aquecimento do mercado de capitais brasileiro. O Ibovespa bateu sucessivos recordes ao longo de 2019, tendo ultrapassado a marca de 115 mil pontos nos últimos dias.
O índice dá sinais do mercado brasileiro para o mundo e a recorrência de pregões em alta pode colaborar, em um futuro próximo, para a retomada dos investimentos estrangeiros na Bolsa brasileira - bastante resistentes em manter ou em alocar recursos no País. De acordo com Paiva, "esse perfil de investidor costuma ter uma visão de longo prazo e aguarda a entrega de resultados antes de tomar sua decisão".
Para Paiva, o Brasil está no caminho certo. Willian Teixeira, da Messem Investimentos, complementa que, se for concretizada a expectativa do governo federal de o Brasil retomar o grau de investimento ainda em 2020 e as reformas forem aprovadas, o fluxo estrangeiro deve voltar a ser positivo na Bolsa.
A reforma da Previdência e o maior grau de educação financeira dos brasileiros também têm contribuído para o ingresso de novos rostos na carteira das corretoras e traz consigo uma mudança no perfil dos investidores. O gestor da plataforma digital de aplicações financeiras Warren, Thomaz Fortes, explica que o portfólio demandado também vem mudando acompanhando as novas tendências.
Se há algum tempo a maioria dos operadores na bolsa buscavam grandes ganhos em curto prazo, cada vez mais pessoas comuns dispondo de quantias menores procuram corretoras em busca de ganhos no médio prazo, para concretizar sonhos, e até de longuíssimo prazo visando a aposentadoria.
Willian Teixeira, da Messem Investimentos, lembra que a evolução nos resultados do mercado de capitais puxa para cima a curva de abertura de capital no País. "Em 2020, o mercado de ofertas públicas deverá ter aquecimento ainda maior no Brasil. Nossa taxa de juros está bem baixa. Então, é o momento de as empresas voltarem a investir em crescimento e maquinário, até por uma expectativa de melhora nos índices econômicos", diz Teixeira.
A retomada econômica, impulsionada, além da Selic baixa, pela volta do consumo e pelos níveis de emprego melhorando, deve estimular as empresas a investir. Teixeira analisada que "elas vão querer capitalizar-se para poder investir no seu próprio crescimento".
Entre os produtos que estão pegando carona nessa nova tendência e são apontados por especialistas como mais promissores, estão ETF, Fundos Imobiliários, Debêntures e Tesouro Direto. Além disso, Felipe Paiva informa que "a B3 tem uma agenda de entregas de novos produtos muito robusta para 2020, junto com os bancos e corretoras, que inclui diversas novas soluções para o mercado".
Especificamente para investidores pessoa física, a Bolsa está trabalhando junto aos reguladores para flexibilizar regras atuais que ampliem o acesso do público a novos produtos e opções de investimento. "Um bom exemplo são os BDRs, instrumentos que permitem investimentos em ações listadas no exterior e hoje são acessíveis apenas a investidores qualificados. Com essa iniciativa da CVM, será possível a todos os brasileiros investirem em papéis como, por exemplo: Apple, Amazon, Microsoft e outras grandes companhias", adianta Paiva.
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