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Petróleo

- Publicada em 16 de Dezembro de 2019 às 21:23

Petrobras e Total vendem parte da Bacia de Pelotas

Negócio inclui participação em blocos arrematados no ano de 2004

Negócio inclui participação em blocos arrematados no ano de 2004


/Google Earth/DIVULGAÇÃO/JC
A Petrobras e a francesa Total venderão entre 30% a 65% da participação na concessão BM-P-2 que envolve quatro blocos exploratórios, totalizando 2.598 quilômetros quadrados de área, dentro da Bacia de Pelotas, na costa gaúcha. Cada empresa detém metade desses ativos que foram arrematados há 15 anos pela estatal brasileira, na sexta rodada de licitações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mas que até agora não tiveram perfurações de poços exploratórios de petróleo.
A Petrobras e a francesa Total venderão entre 30% a 65% da participação na concessão BM-P-2 que envolve quatro blocos exploratórios, totalizando 2.598 quilômetros quadrados de área, dentro da Bacia de Pelotas, na costa gaúcha. Cada empresa detém metade desses ativos que foram arrematados há 15 anos pela estatal brasileira, na sexta rodada de licitações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mas que até agora não tiveram perfurações de poços exploratórios de petróleo.
Ao todo, a Bacia de Pelotas compreende aproximadamente 210 mil quilômetros quadrados e se estende do Sul de Santa Catarina até a fronteira com o Uruguai, abrangendo toda a costa do Rio Grande do Sul, estando concentrada, em sua maior parte, no mar. A Total tornou-se parceira dos blocos em questão com a aquisição de 50% da participação em 2013. Em comunicado divulgado nessa segunda-feira (16), a Petrobras detalha que a concessão BM-P-2 está localizada em águas profundas da Bacia de Pelotas em lâmina d'água entre 1 mil e 2 mil metros.
Atualmente, a concessão contempla os blocos exploratórios P-M-1269, P-M-1271, P-M-1351 e PM-1353 e, conforme a companhia, está estrategicamente posicionada em relação à 18ª Rodada de licitações da ANP, prevista para 2021, em que deverão ser selecionados blocos da Bacia de Pelotas.
As empresas candidatas devem expressar seu interesse quanto à oportunidade até o dia 23 de dezembro, mas a estatal não detalhou previsão de conclusão do processo ou perspectiva de valores.
O texto ao mercado ainda ressalta que "essa concessão apresenta um reduzido compromisso exploratório (o que significa a exigência da perfuração obrigatória de apenas um poço) com o potencial de comprovar significativos volumes e firmar posição em uma nova fronteira exploratória (que ainda não tem produção de petróleo)". Apesar desse destaque, o diretor da consultoria ES-Petro, Edson Silva, reforça que até hoje a Petrobras não conseguiu levar adiante a atividade exploratória nesses blocos.
O dirigente lembra que a Bacia de Pelotas se trata de uma área em que os estudos feitos não indicaram a presença de petróleo, mas a existência de uma espécie de hidrato de gás, que não tem produção paralela no Brasil. "É uma tecnologia muito específica (para aproveitar esse recurso), quem detêm essa tecnologia são os japoneses", diz Silva.
O consultor projeta que, dificilmente, aparecerá interessados nesses blocos. "No contexto, é uma bacia que não tem se revelado muito promissora para a exploração", reitera. A Petrobras chegou a manifestar que tinha planejado as perfurações de dois poços, o Guarani e o Pampeano, cuja localização fica a quase 200 quilômetros, mar adentro, a partir dos municípios de São José do Norte e Rio Grande. Contudo, os empreendimentos não foram adiante. Oficialmente, o motivo da iniciativa não ter prosseguido foi atribuído à demora no licenciamento ambiental que é concedido pelo Ibama.
Entretanto, fontes sugerem que, devido ao alto nível de investimento em uma perfuração (estimado em cerca de US$ 100 milhões) e ao fato da Bacia de Pelotas não ser uma das áreas no Brasil com maiores indícios de reservas de petróleo e gás, a Petrobras não fazia tanta questão de acelerar esforços nesse empreendimento. Silva também não considera os obstáculos ambientais como determinantes para a estatal não ir adiante com a perfuração de poços, mas considera que o principal foi a questão dos elevados investimentos que a ação implicaria.

Bolsonaro diz estar 'fazendo o possível' para reduzir preços dos combustíveis

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que está "fazendo o possível" para reduzir o preço do combustível e que estuda quebrar o "monopólio" que disse existir na distribuição. Bolsonaro visitou nesta segunda o Ministério da Infraestrutura, onde se reuniu com o titular da pasta, Tarcísio de Freitas.
"Preço de combustível...Lá na refinaria o preço está lá embaixo, ele cresce e fica alto por causa de quê? Impostos estaduais, ICMS, basicamente. E depois o monopólio ainda que existe na questão de distribuição e nós estamos buscando quebrar esse monopólio para diminuir o preço. Só com a concorrência ele pode diminuir", disse Bolsonaro na saída do ministério. "Estamos fazendo o possível para baratear o preço do combustível. Reconhecemos que está alto no Brasil", acrescentou.
Depois, um assessor falou algo no ouvido do presidente e ele ressaltou o preço do diesel na refinaria. "Preço médio do diesel na refinaria, R$ 2,60. Aí tem impostos estaduais, tem imposto municipal, também, custo da logística e da distribuição, tem o lucro do dono do posto de gasolina, isso aí."
Bolsonaro afirmou que já levou sugestões para o ministro da Economia, Paulo Guedes, e para o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, mas não adiantou nenhuma medida. O presidente também voltou a defender a venda de etanol pelos produtores diretamente para postos de gasolina, que já foi aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), mas que ainda precisa ser regulada por lei.
"Questão do etanol nós tentamos, estamos tentando ainda, de modo que, das empresas que produzem o etanol, as usinas possam vender diretamente ao posto de gasolina. Tem caminhões de transporte de etanol que andam 400 quilômetros para entregar o etanol a um quilômetro da usina. Isso é um absurdo. Tem gente que é contra isso daí porque há interesse econômico e de grupos aqui no Brasil. Não é fácil buscar uma solução para tudo, mas estamos fazendo o possível."