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Economia

- Publicada em 13 de Dezembro de 2019 às 10:20

Fórum discute as tecnologias e as mudanças na comunicação

Representantes de 12 países estiveram reunidos em Pequim para Fórum Internacional de Mídia

Representantes de 12 países estiveram reunidos em Pequim para Fórum Internacional de Mídia


CRISTIANO VIEIRA/ESPECIAL/JC
Cristiano Vieira
Cooperação internacional e os desafios do jornalismo frente às mudanças tecnológicas dominaram os debates da edição 2019 do Fórum Internacional de Mídia, realizado nesta sexta-feira (13) em Pequim, na China. Além de representantes locais da mídia chinesa, foram convidados jornalistas de veículos de 12 países – incluindo o Jornal do Comércio, único brasileiro no fórum.
Cooperação internacional e os desafios do jornalismo frente às mudanças tecnológicas dominaram os debates da edição 2019 do Fórum Internacional de Mídia, realizado nesta sexta-feira (13) em Pequim, na China. Além de representantes locais da mídia chinesa, foram convidados jornalistas de veículos de 12 países – incluindo o Jornal do Comércio, único brasileiro no fórum.
Para Du Feijing, diretor de comunicação do governo de Pequim, é sintomático o evento ocorrer na capital chinesa, cidade que tem um acelerado desenvolvimento tecnológico e industrial ao mesmo tempo que carrega uma tradição milenar em história e cultura. “Nossa cidade é um centro internacional de comércio. Nada mais natural que discutir aqui as mudanças da comunicação que ocorrem hoje no planeta”, informou ele.
Na mesma linha, Li Chunliang, presidente da Beijing Media Network, concordou que a mídia tradicional entrou em um caminho sem volta de transformação rumo ao mobile, ao digital. “Isso é uma novidade para todos nós, que estamos aprendendo a conhecer essa nova audiência, mais nova e ávida por conteúdo”, explicou Chunliang. A Beijing Media Network controla a BTV, rede com canais de televisão populares entre os chineses que moram na Capital, e diversas estações de rádio.
Além da programação local, a BTV investiu, recentemente, em um canal direcionado para o público estrangeiro, com programação em inglês e em outros idiomas, como francês e alemão. “Se queremos uma cooperação internacional forte no comércio, por exemplo, isso depende também de maior integração entre nossa cultura com outras línguas”, disse.
A BTV tem toda a programação e transmissão digitalizadas. São 35 estúdios distribuídos em dois edifícios no Centro de Pequim. Um deles, com 42 andares, concentra boa parte da produção, com 358 câmeras digitais em alta definição. Os canais da BTV alcançam uma audiência total de 300 milhões de espectadores.
Nas rádios, a Beijing Media também opera quatro canais com programação em língua estrangeira na capital chinesa. “E vamos aumentar mais a presença de conteúdo em outros idiomas na nossa programação”, completou Chunliang.
Uma das curiosidades a respeito do noticiário local é o espaço dedicado às informações de trânsito nas rádios da Beijing Media: são três estúdios focados no assunto, com 30 jornalistas apurando notícias sobre trânsito. Tamanho interesse tem explicação: diariamente, circulam pelas avenidas de Pequim cerca de 6 milhões de veículos, incluindo carros e ônibus (para comparação, a frota inteira do Rio Grande do Sul é de 7 milhões de veículos).
Longos engarrafamentos são inevitáveis, mesmo com Pequim tendo um dos maiores metrôs do mundo, com 400 estações em 700 quilômetros de extensão. A capacidade diária é de 12 milhões de passageiros no sistema. Para quem está sempre apressado e não tem tempo a perder, a informação é essencial.
Wen Zijian, editor-chefe do Beijing Daily, um dos maiores jornais da cidade, explicou que a transformação do jornal, criado em 1952, do modelo impresso para o digital é um caminho sem volta. “Neste sentido, investir em conteúdo próprio é a chave para conquistar e manter a audiência. As mudanças na comunicação, assim como a globalização, são inevitáveis em um processo mundial de cooperação econômica”, disse.
Para Tian Yuhong, secretário-geral da Associação Chinesa de Jornalistas, a troca mútua de informações é o único caminho para os países acompanharem o avanço das tecnologias e das comunicações sem descuidar da qualidade da informação. E cada cidade tem um papel importante neste contexto. Para os jornalistas reunidos em Pequim durante o fórum, a responsabilidade da informação não deve ser deixada de lado. Em tempos de fake news - um problema crescente não apenas no Brasil, conforme Yuhong, “os veículos devem se posicionar no sentido de combater as notícias falsas”.
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