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De acordo com a Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), a redução da taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual ao ano terá um efeito muito pequeno nas operações de crédito.
De acordo com a entidade, a taxa mensal do cartão de crédito deve ir de 11,44% ao mês para 11,40%. Na prática, o valor dos juros do rotativo por 30 dias cai R$ 1,20.
Segundo a entidade isso ocorre porque "existe um deslocamento muito grande entre a Selic e as taxas de juros cobradas aos consumidores que na média da pessoa física atingem 114,15% ao ano provocando uma variação de mais de 2.100,00% entre as duas pontas".
Para a pessoa jurídica, a taxa média de juros praticados pelo mercado com a nova Selic cai na mesma proporção, de 3,21% ao mês para 3,17%.
Com a Selic na mínima histórica de 4,5% ao ano, a poupança perde competitividade em relação aos fundos de investimento. Segundo a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade), a caderneta é menos vantajosa que fundos com taxas de administração de até 1,5% com prazo de resgate superior a dois anos.
Com a taxa de administração de 1,5% ao ano, a poupança tem uma maior rentabilidade líquida que fundos em caso de prazo de resgate mais curto, de até um ano. Para taxas de 2%, a caderneta ganha dos fundos em resgates entre um e dois anos. Em caso de taxas de 2,5% para cima, a poupança é a melhor escolha em resgates após dois anos.
As modalidades empatam em rentabilidade nos casos de fundos com taxa de 1% para resgate em até seis meses, com taxa de 1,5% em resgates entre um e dois anos e com taxa de 2% em resgate após dois anos.
O rendimento da poupança é de 70% da Selic mais taxa referencial (TR) que, no momento, é zero. Segundo a Anefac, com a Selic a 4,5%, a poupança rende 3,15% ao ano e de 0,26% ao mês.
Os grandes bancos brasileiros anunciaram reduções de juros de algumas de suas principais linhas de crédito, logo depois da decisão do Banco Central de cortar a taxa básica (Selic) em 0,50 ponto porcentual, de 5% para 4,50% ao ano.
O Banco do Brasil reduzirá a partir de segunda-feira (16), por exemplo, os juros nas linhas de Crédito Automático e Renovação passam a ter taxa mínima de 2,87%, e o crediário de 3,11% ao mês. A linha de home equity terá redução de 1,34% ao mês para 1,30% ao mês, na mínima, e de 1,72% para 1,68%, na máxima. Na linha de financiamento de veículos, as taxas mensais passam a ser de 0,60% ao mês, para carros novos.
Para as empresas, a linha de desconto de títulos passa a ter juros mínimos de 1,04% ao mês, ante 1,08% anteriormente. No desconto de cheque, os juros passam de 1,27% para 1,23% ao mês. Isso nos prazos de 45 dias. O BB ainda fez alguns ajustes em suas linhas de capital de giro desde a reunião anterior do Copom, e para prazo de 720 dias, as taxas mínimas caíram de 1,47% para 1,22% ao mês. Por fim, no agronegócio, o BB afirma que conta com taxas melhores para financiar o custeio pecuário, inclusive para veículos utilitários, com juros de 0,62% ao mês.
O Itaú Unibanco repassou integralmente o corte da Selic para suas taxas de empréstimo pessoal, para pessoas físicas, e capital de giro, para empresas. Segundo o banco, os custos finais variam de acordo com o perfil do cliente, e os novos valores valem a partir da próxima terça-feira (17).
Já o Bradesco anunciou que reduzirá os juros de suas principais linhas a partir de segunda-feira, sem especificar linhas e taxas.