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Indústria

- Publicada em 12 de Dezembro de 2019 às 03:00

Jair Bolsonaro faz 'acenos' ao empresariado

Bolsonaro recebeu o Grande Colar da Ordem do Mérito Industrial

Bolsonaro recebeu o Grande Colar da Ordem do Mérito Industrial


/ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL/JC
Homenageado em cerimônia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o presidente Jair Bolsonaro fez nesta quarta-feira (11) acenos ao empresariado ao criticar "burocracias", agências reguladoras e prometer rever regras da Receita Federal e decretos "que porventura estejam atrapalhando".
Homenageado em cerimônia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o presidente Jair Bolsonaro fez nesta quarta-feira (11) acenos ao empresariado ao criticar "burocracias", agências reguladoras e prometer rever regras da Receita Federal e decretos "que porventura estejam atrapalhando".
"Nós temos decretos, por muitas vezes, que vão além da legislação e atrapalham vida de todos. Ofereço aos senhores, o que tiver em decretos que porventura estejam atrapalhando, nos procurem. Em poucos dias submetemos essa proposta de novo decerto a nossa assessoria jurídica. E, se for o caso, mudamos o decreto", afirmou Bolsonaro a uma plateia de empresários.
Bolsonaro recebeu da CNI o Grande Colar da Ordem do Mérito Industrial. A entidade também divulgou pesquisas e opinião feitas entre industriais e com a população sobre políticas do governo.
No evento, o presidente afirmou que muitas vezes as agências reguladoras, "para o bem e para o mal", têm poder maior que ministérios. Ao dizer que Paulo Guedes, ministro da Economia, é aliado para a desburocratização, Bolsonaro declarou que deve rever instruções normativas da Receita Federal. "Cada instrução normativa deve ser muito bem pensada. Deve atender ao interesse do Brasil. Não de grupos", disse.
Bolsonaro voltou a afirmar que o País está mudando porque o governo valoriza a família, tem lealdade a seu povo, adora a Deus e reconhece militares. "A classe militar é tão atacada porque éramos último obstáculo ao socialismo", disse.
O presidente agradeceu a classe política. "Que reconheceu a necessidade de ter ministros, presidentes de bancos, chefes de estatais, reconhecidos com a nação e não com partidos políticos. Fórmula que não deu certo no passado."
Bolsonaro atribuiu as críticas que tem recebido por causa da sua política ambiental a uma "questão econômica". O presidente ironizou ainda críticas por ter derrubado decreto que impedia plantação de cana-de-açúcar na Amazônia.
"Espero que o pessoal da COP-25 não venha nos acusar de querer substituir a floresta amazônica por um grande canavial. A sanha, a maneira como nos atacam nessa questão ambiental, virou uma política econômica", disse. O presidente afirmou também que o "homem do campo" está "menos apavorado" em seu governo com a fiscalização.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry, participou da solenidade com o presidente. Escolhido pela CNI, coube a Petry representar as três federações industriais da Região Sul (mais a do Paraná, Fiep; e a de Santa Catarina, Fiesc) em manifestação direcionada ao Presidente da República. Petry destacou a Bolsonaro os resultados obtidos pelo Governo Federal no primeiro ano da atual gestão, citando os pontos que as Federações do Sul consideram como positivos. "Muitos avanços já foram consolidados pelo seu governo, como a Reforma da Previdência, a modernização trabalhista e a Lei da Liberdade Econômica, um marco para o Brasil moderno que desejamos", afirmou. O presidente da Fiergs lembrou, ainda, a iniciativa da Medida Provisória 905, do Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, e reforçou a expectativa de que os parlamentares sejam sensíveis e a aprovem.
Petry falou sobre o que esperar para o futuro e as mudanças que ainda faltam para tornar o Brasil mais moderno. "Estamos interessados em colaborar com um Novo Sistema Tributário Nacional, que seja simplificado e que, aumentando a base de contribuintes, possa reduzir a carga individual", observou, salientando que essas alterações beneficiarão toda a sociedade. "A Região Sul do Brasil tem 123 mil fábricas em atividade. Todos os dias, elas abrem os seus portões para receber 2 milhões e 286 mil pessoas. Isto representa 24% da força de trabalho do setor industrial brasileiro. São esses dois milhões de industriários, apoiados pelo Sesi e pelo Senai, que viabilizam a produção fabril regional dando uma contribuição de 19,9% ao PIB industrial do Brasil", apontou.
 

Para 60% dos empresários industriais, governo de Bolsonaro é ótimo ou bom

A avaliação dos industriais brasileiros sobre o governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, é positiva, segundo aponta pesquisa "Sondagem Especial: Avaliação do governo pelo empresário industrial", divulgada nesta quarta-feira (11), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, 60% dos empresários consideram o governo ótimo ou bom; 7% avaliam como ruim ou péssimo; outros 26% acham que o governo é regular.
A CNI divulgou a pesquisa nesta quarta, durante evento para entrega do Grande Colar da Ordem do Mérito Industrial ao presidente Jair Bolsonaro, presente na sede da entidade. De acordo com a entidade, a honraria a Bolsonaro é "um reconhecimento do esforço do governo no avanço de pautas que tornam o Brasil mais moderno e competitivo".
O levantamento aponta que o governo é mais bem avaliado pelos empresários da região Sul, onde 71% consideram o governo bom ou ótimo. No Centro-Oeste, essa aprovação é de 68%; no Norte, 62%; no Sudeste, 57%; e no Nordeste cai para 50%.
A pesquisa mostra ainda que 65% dos entrevistados confiam no presidente Bolsonaro e 64% aprovam sua maneira de governar o Brasil. Por setor, a indústria da construção é o setor que tem maior confiança, 69% confiam no presidente e 69% na maneira de governar.
Os empresários também acreditam que as medidas adotadas ajudaram a melhorar o desempenho da economia. Para 75% dos empresários, as políticas e ações do governo contribuíram para a melhoria da economia neste ano. Além disso, 73% concordam totalmente ou em parte que a situação econômica estaria pior se não fossem as medidas do governo.
A pesquisa ouviu 1.914 empresários de todo o País entre os dias 2 e 10 de dezembro.