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Economia

- Publicada em 10 de Dezembro de 2019 às 03:00

Mercado volta a projetar alta do PIB superior a 1%

O tom de otimismo sobre a recuperação da economia brasileira neste fim de ano segue fazendo com que as projeções de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 sejam revisadas para cima. Agora, é a vez dos economistas consultados pelo Banco Central (BC) para o Boletim Focus aumentarem as projeções.
O tom de otimismo sobre a recuperação da economia brasileira neste fim de ano segue fazendo com que as projeções de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 sejam revisadas para cima. Agora, é a vez dos economistas consultados pelo Banco Central (BC) para o Boletim Focus aumentarem as projeções.
De acordo com o relatório desta segunda-feira (9), o PIB deste ano deve crescer 1,1%, ante a projeção de avanço de 0,99% da semana anterior. Além da revisão para cima dos números de 2019, as projeções para o próximo ano também são mais otimistas. O Focus projeta que a economia, em 2020, deve avançar 2,24%, contra a projeção anterior de 2,22%. A última vez que o Focus projetou crescimento na faixa de 1% para o PIB deste ano foi em 7 de junho.
A revisão do Focus acontece na esteira dos resultados da economia brasileira no terceiro trimestre deste ano. O PIB subiu 0,6% no período, superando as expectativas do mercado, que projetava uma variação positiva de 0,4%.
Caso a economia mantenha esse ritmo e feche o ano com avanço de 1,1%, o percentual ficará abaixo do patamar do ano passado. Após revisão do IBGE, os dados da economia brasileira foram revisados para cima, e o PIB de 2018 cresceu 1,3%. "A economia do Brasil ainda está em um quadro de recuperação modesto. Dependendo do rigor do quarto trimestre, que teve mais impacto dos saques do FGTS, 2019 pode fechar com PIB crescendo entre 1,1% e 1,2%. Repetir o 1,3% do ano passado talvez seja ambicioso", avalia Alberto Ramos, economista-chefe para América Latina do banco Goldman Sachs. "Vale ressaltar que a composição do crescimento do PIB é boa, com forte influência de investimento privado e consumo."
Ramos destaca que a aprovação da reforma da Previdência foi importante para o País, mas pondera que outras pautas, como as alterações nos tributos e o pacto federativo, são tão urgentes quanto ou até mais importantes que a mudança nas aposentadorias. "A Previdência foi só o começo. O Brasil ainda precisa passar por um longo, e possivelmente doloroso, ajuste fiscal. Do lado macro, outras reformas, como a tributária e o pacto federativo, ainda estão pendentes. Do lado micro, pacotes de privatizações e concessões precisam avançar. Sem essas outras mudanças, o crescimento sustentável não vigora."
O economista-chefe acrescenta que, além da mudança econômica pela qual o País está passando, também é preciso construir uma agenda a longo prazo, com foco na educação e na capacitação da população. "O Brasil também precisa investir no capital humano, educar mais. Atualmente, muitos graduados saem da faculdade com uma produtividade baixa. É preciso dar mais destaque para a infraestrutura social, e isso com foco no longo prazo", defende Ramos.
 
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