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Economia

- Publicada em 06 de Dezembro de 2019 às 09:46

Carne pressiona e inflação oficial acelera para 0,51% em novembro

Alta de 8,09% no preço das carnes foi o maior impacto na inflação de novembro

Alta de 8,09% no preço das carnes foi o maior impacto na inflação de novembro


MARIANA CARLESSO/ARQUIVO/JC
A disparada nos preços das carnes fez o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, acelerar para 0,51% em novembro, após subir 0,10% em outubro, conforme divulgou o IBGE nesta sexta-feira (6). Foi o maior resultado para novembro desde 2015, quando o IPCA ficou em 1,01%. No acumulado do ano, a inflação registrou 3,12% e, nos últimos 12 meses, ficou em 3,27%. Em novembro de 2018, a taxa foi de -0,21%.
A disparada nos preços das carnes fez o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, acelerar para 0,51% em novembro, após subir 0,10% em outubro, conforme divulgou o IBGE nesta sexta-feira (6). Foi o maior resultado para novembro desde 2015, quando o IPCA ficou em 1,01%. No acumulado do ano, a inflação registrou 3,12% e, nos últimos 12 meses, ficou em 3,27%. Em novembro de 2018, a taxa foi de -0,21%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete registraram alta em novembro, com destaque para despesas pessoais (1,24%), alimentação e bebidas (0,72%), e habitação, que passou de deflação de 0,61% em outubro para alta de 0,71% em novembro. Juntos, os três grupos corresponderam a cerca de 82% do IPCA de novembro.
“No grupo alimentos e bebidas, a alta foi puxada pelos jogos de azar, com a entrada em vigor dos reajustes dos preços das loterias federais, que variaram de 40% a 66%”, explicou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov. “Já a aceleração no grupo alimentação e bebidas deveu-se, principalmente, ao comportamento dos preços das carnes, que registraram alta de 8,09% e contribuíram com o maior impacto individual no mês (0,22 ponto percentual)”.
A maior demanda pela China, acompanhada da desvalorização do real frente ao dólar, levaram ao aumento do preço das carnes no mês passado. “Isso incentiva a exportação, restringindo a oferta interna e elevando o preço dos produtos”, explicou Kislanov. Como resultado, a alimentação no domicílio, que havia registrado deflação de 0,03% em outubro, passou para alta de 1,01% em novembro. Já a alimentação fora do domicílio subiu 0,21%.
A mudança de bandeira tarifária de um mês para o outro levou o grupo habitação a registrar variação de 2,15% em novembro. “Em outubro, estava em vigor a bandeira amarela, com acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Já em novembro, passou a vigorar a bandeira vermelha patamar 1, cujo valor foi reajustado”, disse o gerente da pesquisa.
Entre os setores que registraram queda no mês passado, Kislanov destaca os artigos de residência, que tiveram variação de -0,36% e contribuição de -0,01 p.p. no índice do mês. Comunicação registrou queda de 0,02% e vestuário alta de 0,35%. Em transportes, os preços dos combustíveis (0,78%) desaceleraram na comparação com o mês anterior (1,38%), especialmente por conta da gasolina, que variou 0,42% em novembro. As passagens aéreas subiram 4,35%, pelo segundo mês consecutivo.
Entre os 16 locais pesquisados pelo IPCA, a maior variação ficou com São Luís (1,05%), por conta da alta nos preços da gasolina e das carnes. As regiões metropolitanas do Recife e de Aracaju registraram o menor índice (0,14%): no primeiro caso, em função da queda nos preços de alguns itens alimentícios, como a cebola, a batata-inglesa e as frutas; em Aracaju, além da queda da cebola, houve também redução nos preços do gás de botijão.
Na Região Metropolitana de Porto Alegre, o IPCA ficou em 0,47% em novembro, após queda de 0,01% em outubro.
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