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Economia

- Publicada em 04 de Dezembro de 2019 às 21:31

ArcelorMittal aposta em negociação sobre taxa

Donald Trump anunciou nova taxação sobre o aço do Brasil

Donald Trump anunciou nova taxação sobre o aço do Brasil


GEORGE FREY/AFP/JC
Jefferson Klein
A declaração do presidente norte-americano Donald Trump sobre a retomada das tarifas sobre o aço e o alumínio que entram nos Estados Unidos a partir do Brasil e da Argentina preocupou o setor siderúrgico nacional. No entanto, o CEO da ArcelorMittal Aços Longos Latam, Jefferson de Paula, considera que o tema pode ser negociado entre as duas nações. "Penso que vai se chegar a um bom termo", projeta.

A declaração do presidente norte-americano Donald Trump sobre a retomada das tarifas sobre o aço e o alumínio que entram nos Estados Unidos a partir do Brasil e da Argentina preocupou o setor siderúrgico nacional. No entanto, o CEO da ArcelorMittal Aços Longos Latam, Jefferson de Paula, considera que o tema pode ser negociado entre as duas nações. "Penso que vai se chegar a um bom termo", projeta.

O executivo enfatiza que o tema ainda não é algo oficial e se baseia em uma postagem de Trump no Twitter sobre o assunto, sem indicar os percentuais que seriam impostos. "Temos que esperar se isso vai em frente", sustenta. Porém o CEO admite que é uma situação difícil para a siderurgia nacional. Segundo De Paula, causa um pouco de estranheza o presidente Trump querer taxar o aço brasileiro que segue para os Estados Unidos, porque a maioria do material que é exportado para lá é de semiacabados, placas, não se tratando de produto final. O dirigente detalha que os norte-americanos são importadores desses produtos por não terem capacidade suficiente para atender à sua demanda. "A gente não entende bem isso, porque os Estados Unidos precisam importar placas", reitera.

Quanto a projeções para o próximo ano, De Paula adverte que a economia externa não deverá ajudar o Brasil a crescer. O executivo ressalta que o PIB mundial está em declínio, além da questão da briga comercial entre China e Estados Unidos. No cenário mais próximo, o CEO da ArcelorMittal Aços Longos Latam cita a situação política e social conturbada na América do Sul, com dificuldades enfrentadas em países como Chile, Bolívia, Equador e Venezuela.

Sobre o ambiente interno, De Paula se diz moderadamente otimista, afirmando que o País segue no caminho correto, tendo aprovado a reforma da Previdência e com a perspectiva de tratar da reforma tributária no primeiro semestre do próximo ano. "O que pode atrapalhar é a instabilidade política que o Brasil vive", argumenta. O executivo frisa que essa questão inibe os investimentos externos.

No caso da ArcelorMittal no Brasil, De Paula informa que a empresa investe em torno de

R$ 1 bilhão todo o ano, e a previsão é continuar no mesmo ritmo em 2020. O dirigente foi o palestrante da reunião-almoço promovida pela Associação do Aço do Rio Grande do Sul (AA-RS) nessa quarta-feira, em Porto Alegre.

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