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Relações Internacionais

- Publicada em 03 de Dezembro de 2019 às 21:50

Missão europeia desembarca no Estado

Ignacio Ybáñez é embaixador do bloco econômico no país

Ignacio Ybáñez é embaixador do bloco econômico no país


/UE/Divulgação/jc
Representantes de 18  países da União Europeia (UE), além do embaixador do bloco econômico no Brasil, Ignacio Ybáñez, desembarcam no Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (4) com uma agenda cultural e econômica diversificada. Isso porque o Rio Grande do Sul sedia a missão anual dos Embaixadores dos Estados Membros da União Europeia no Brasil, começando pelo lançamento da primeira representação da Associação de Institutos Culturais Europeus (Eunic), evento que será realizado no Instituto Goehte, na Capital.
Representantes de 18  países da União Europeia (UE), além do embaixador do bloco econômico no Brasil, Ignacio Ybáñez, desembarcam no Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (4) com uma agenda cultural e econômica diversificada. Isso porque o Rio Grande do Sul sedia a missão anual dos Embaixadores dos Estados Membros da União Europeia no Brasil, começando pelo lançamento da primeira representação da Associação de Institutos Culturais Europeus (Eunic), evento que será realizado no Instituto Goehte, na Capital.
A missão liderada pela UE contará com representantes da Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslovênia, Espanha, Finlândia, Grécia, Irlanda, Luxemburgo, Países Baixos, Polônia, Portugal, República Tcheca, Romênia e Suécia. Ao longo da semana, até domingo (8), o grupo tem encontros com representantes da prefeitura e do governo, empresários, Fiergs e Farsul, entre outras entidades. A proposta da missão é o reforço das relações econômicas e comerciais com o Estado. A escolha do Rio Grande do Sul para sediar o encontro se deve especialmente a localização privilegiada em relação ao Mercosul, bloco bloco com quem a União Europeia acabou de fechar um amplo acordo comercial. A agenda do grupo por aqui é diversificada. Em relação ao comércio, o Rio Grande do Sul mantém uma balança comercial positiva com a UE de cerca de US$ 2,5 bilhões (exporta US$ 4,1 bilhões e importa US$ 1,6 bilhão em 2018).
"Temos uma relação íntima cultural e histórica, e essa sintonia abre muitas portas para as relações econômicas. Quem está na América do Sul precisa olhar para o Rio Grande do Sul, que é um Estado brasileiro integrado às culturas da Argentina, do Chile e do Uruguai, por exemplo", Ybáñez.
No dia 5 de dezembro, os embaixadores europeus possuem encontros institucionais em Porto Alegre. No mesmo dia, na parte da tarde, haverá o evento "Acordo UE-Mercosul - desafios e oportunidades", em parceria com a Fiergs, reunindo a indústria do Rio Grande do Sul e, na parte da noite, devem marcar presença no Fórum do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), que terá sua último encontro do ano na Capital gaúcha. No dia 6 de dezembro, os embaixadores iniciam o dia com o seminário "Parceria Estratégica UE-Brasil, no âmbito do RS", na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), onde serão tratados assuntos como parcerias acadêmicas da instituição com a União Europeia, além de temas ligados às áreas de Inovação e Tecnologia. Depois do seminário, de acordo com a agenda oficial, participam de almoço com a Prefeitura de Porto Alegre, com a apresentação do programa Pacto Alegre.
Na parte da tarde, os embaixadores farão uma visita guiada à STIHL, empresa europeia ligada a produtos destinados aos mercados florestal, agropecuário, jardinagem profissional, limpeza e conservação, construção civil e uso ocasional. Ao final do dia, os embaixadores encontram-se com representantes da Farsul.
 

Marcada por transições, Cúpula do Mercosul debate redução da tarifa externa comum

Em uma Cúpula do Mercosul marcada por duas transições -será a última dos atuais governos da Argentina e do Uruguai-, a questão que estará em suspense é se o bloco avançará ou não na questão da redução da tarifa externa comum. Até aqui, os governos do Brasil e da Argentina vinham concordando no tema. Com a única divergência de que, enquanto o Brasil queria uma redução mais rápida, a Argentina propunha uma redução mais gradual, que durasse mais quatro anos. Isso, porém, contando que Mauricio Macri fosse reeleito, o que não aconteceu.
O evento ocorre nesta quarta-feira, com a reunião dos ministros da economia e das relações exteriores, e na quinta-feira, com os presidentes. A ideia inicial dos mandatários da Argentina e do Brasil era terminar finalmente de convencer seus pares do Uruguai e do Paraguai a baixar de modo substancial a tarifa externa comum. A informação foi dada pelo chanceler argentino, Jorge Faurie, na última semana.
"Formamos um grupo de trabalho no começo do ano, e os quatro países concordaram que nossa taxa é muito alta, o que diminui a competitividade das quatro economias. Também concordamos todos que devemos trabalhar sobre isso para dirimir as diferenças", disse Faurie. A taxa vigente há mais de 20 anos tem média de 12% -em alguns setores, como o automotivo, é de 35%- e é das mais altas do mundo.
Enquanto o chanceler afirma que esse tema será debatido e que se esperam avanços, o ministro da Produção argentino, Dante Sica, sinalizou que será "difícil avançar neste tema a menos de uma semana de deixarmos o governo". A tarifa externa comum é vista pelo presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, como necessária para proteger os produtores nacionais. Um dos motores de sua campanha foi a promessa de que iria "priorizar a indústria nacional". Isso significa, na prática, voltar a adotar medidas protecionistas, algo que a parceria Bolsonaro-Macri não desejava.
Apesar da vontade do governo Macri em avançar neste tema, o fato de que seu mandato chegará ao fim na semana que vem tende a deixar no ar a questão da tarifa comum. Nem o novo governo da Argentina -que tem início dia 10 de dezembro- e nem o do Uruguai -que começa em março de 2020- quiseram mandar representantes para opinar sobre o tema.
Este será o último compromisso internacional de Macri, que entrega a faixa presidencial a Alberto Fernández no próximo dia 10. Devido ao tratamento a que se submete por conta de um câncer no pulmão, Tabaré Vázquez, presidente do Uruguai, não estará presente em Bento Gonçalves. Será representado pelo vice-presidente, Lucía Topolansky.
O presidente eleito do Uruguai, Luis Lacalle Pou, já manifestou estar alinhado a Bolsonaro no quesito flexibilização do Mercosul, mas não detalhou ainda sua opinião sobre a tarifa comum. Lacalle Pou sequer escolheu seu próximo ministro da economia. Ainda nesta 55ª edição da Cúpula do Mercosul, um dos temas a serem debatidos é a situação da Bolívia, que integra o bloco, mas não como membro pleno.
O Brasil convidou a auto-proclamada Jeanine Añez, que não confirmou se participará ou enviará um representante. Outro tema que deve ser discutido, principalmente entre os ministros responsáveis pela economia, é o anúncio de Donald Trump de restituir impostos para o aço argentino e brasileiro, por conta da desvalorização das moedas desses dois países.
Batizada de Cúpula do Vale dos Vinhedos, o evento em Bento Gonçalves também tem a intenção de impulsionar a indústria local de turismo e de produção de vinho. Espera-se mais de 2,5 mil pessoas na cidade nesses dias e há cartazes em todos os cantos, propagandeando passeios e restaurantes. A Cúpula presidencial ocorrerá no Hotel & Spa do Vinho e no Miolo Win.