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Energia

- Publicada em 27 de Novembro de 2019 às 03:00

Comerc projeta aumento no tempo de payback em geração distribuída

Consumo de energia registrou alta em outubro, aponta Vlavianos

Consumo de energia registrou alta em outubro, aponta Vlavianos


/COMERC ENERGIA/DIVULGAÇÃO/JC
As mudanças nas regras da geração distribuída (produção de energia pelo próprio consumidor, modelo que se propagou muito no Brasil através dos painéis fotovoltaicos), que estão sendo discutidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e devem vigorar no próximo ano, vão atribuir mais ônus a essa prática para melhorar a remuneração do uso da rede elétrica das distribuidoras. A determinação implicará o aumento do prazo da taxa de retorno na compra desses equipamentos. No caso de Porto Alegre, conforme o Índice Comerc Solar, o chamado payback para residências que investirem em painéis fotovoltaicos passará de 3,46 anos para 5,68 anos, se as alterações forem feitas segundo o que está sendo debatido hoje.
As mudanças nas regras da geração distribuída (produção de energia pelo próprio consumidor, modelo que se propagou muito no Brasil através dos painéis fotovoltaicos), que estão sendo discutidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e devem vigorar no próximo ano, vão atribuir mais ônus a essa prática para melhorar a remuneração do uso da rede elétrica das distribuidoras. A determinação implicará o aumento do prazo da taxa de retorno na compra desses equipamentos. No caso de Porto Alegre, conforme o Índice Comerc Solar, o chamado payback para residências que investirem em painéis fotovoltaicos passará de 3,46 anos para 5,68 anos, se as alterações forem feitas segundo o que está sendo debatido hoje.
No caso de empreendedores de média tensão, categoria que abrange pequenos comércios e indústrias, o retorno do investimento, que é estimado atualmente em 5,46 anos, passará para 7,48 anos. Hoje, o tempo mais rápido de payback do investimento em painéis fotovoltaicos em residências fixadas nas capitais estaduais ocorre em Teresina (PI), com 2,85 anos, e o mais demorado em São Paulo (SP), com 5,12 anos. Com as mudanças nas regras, o retorno nessas cidades passará, respectivamente, para 5,39 anos e 9,97 anos.
O diretor de eficiência energética e energia solar da Comerc Energia, Marcel Haratz, admite que as alterações nas normas causarão impacto no setor, mas ressalta que a geração distribuída ainda terá espaço para se desenvolver. O dirigente salienta que trocas frequentes de regras geram insegurança, por isso ele espera que a nova norma que será adotada tenha um horizonte mais longo e garanta estabilidade. No momento, o Rio Grande do Sul é o segundo lugar no ranking de potência instalada de geração distribuída, com 207,8 MW, sendo superado apenas por Minas Gerais, com 305,3 MW.
A Comerc Energia é uma prestadora de serviços, com uma ampla oferta de produtos ao mercado de energia. Nessa terça-feira, executivos da empresa fizeram uma análise do setor energético em 2019 e suas perspectivas. O presidente da Comerc Energia, Cristopher Vlavianos, recorda que, no começo deste ano, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) projetava um crescimento da carga elétrica para 2019 na ordem de 3,6% e havia otimismo com o cenário político-econômico, com as perspectivas das reformas da Previdência e tributária. Porém, após o primeiro semestre, o setor elétrico revisou o percentual de incremento para 2,5% e se verificou que as agendas das reformas andaram mais devagar do que o originalmente previsto.
Vlavianos destaca que, hoje, ainda não é fácil cravar uma retomada da economia, mas já há alguns sinais positivos em relação ao consumo de energia. De acordo com índice da Comerc, levando em conta o consumo de energia de diversos segmentos da economia (como alimentos, comércio, químico, papel e celulose, entre outros), outubro deste ano registrou uma elevação de 3,71% no uso de eletricidade em relação ao mesmo mês de 2018. Se for considerado o resultado dos últimos 12 meses, o incremento é de 0,93%.
O executivo salienta que o setor elétrico está preparado para atender à expectativa de aumento do PIB. Para 2020, Vlavianos adianta que entre as áreas que devem apresentar maior desenvolvimento estão as termelétricas a gás natural e o segmento de baterias de íon de lítio, voltadas para o armazenamento de energia. As próprias mudanças nas regras da geração distribuída devem incentivar a utilização das baterias para guardar a energia, já que começa a ser mais proveitoso usar a eletricidade armazenada do que inserir na rede e receber créditos por isso. Outra vantagem é a segurança energética, com o consumidor ficando menos vulnerável a quedas de energia.
 

Companhia espera alcançar faturamento de R$ 3,7 bilhões

O grupo Comerc deve fechar 2019 com um faturamento de R$ 3,7 bilhões, superando os
R$ 2,4 bilhões registados no ano anterior. Para este ano, a empresa projeta investir aproximadamente R$ 100 milhões, principalmente, em projetos de eficiência energética e tecnologia. No campo de eficiência energética, a empresa fez para o Terminal de Contêineres (Tecon) Rio Grande a substituição de 2.373 lâmpadas tubulares fluorescentes e de vapor metálico por unidades LED, o que resultou em uma economia na conta de luz da companhia na ordem de R$ 55 mil ao mês.

No evento dessa terça-feira, foi comentado o cenário do mercado de gás natural. O diretor-executivo da Comerc Gás, Pedro Franklin, enfatiza que, no caso dos estados do Sul, o gás proveniente da jazida chamada de Vaca Muerta, localizada na Argentina, pode ser uma boa solução de fornecimento. Franklin diz que, em um primeiro momento, esse insumo pode ser transportado através de navios de gás natural liquefeito (GNL). As discussões dentro do setor de energia quanto à construção de um gasoduto entre Uruguaiana e Porto Alegre foram retomadas, e essa estrutura tornaria o combustível ainda mais competitivo, conclui Franklin.